O cumprimento da prisão de Anderson Torres fechou o cerco contra Jair Bolsonaro. Após seu ministro da Justiça ser preso, o ex-presidente agora verá o holofote da investigação sobre o terrorismo contra os Três Poderes se voltar para ele.
É preciso lembrar que, na busca e apreensão na casa do próprio Torres, descobriu-se que o ex-ministro da Justiça guardava, em seu armário, a “minuta do golpe”.
Bolsonaro já foi inserido pelo ministro Alexandre de Moraes como investigado no caso após o novo – e absurdo ataque – à democracia, ao reproduzir a declaração de que Lula não ganhou a eleição de maneira limpa, mas com a ajuda do poder judiciário.
Isso, após os ataques destruíram as sedes dos Três Poderes.
Como bem explicou um cientista político que acompanha a política nacional há quatro décadas, “impossível o documento não ter sido ao menos ‘visto’ por Bolsonaro – nesse ato, não denunciado por ele, já prevaricou”.
A questão que fica agora é apenas uma: Anderson Torres contará ou não o que de fato aconteceu para ele – ator do direito, delegado e ex-ministro – estar envolvido numa tentativa de ferir a ordem democrática e de fazer um ato inconstitucional?
Com a palavra, o ministro da Justiça de Bolsonaro que não acredita… na Justiça.