Há 53 anos, no dia 13 de dezembro de 1968, o governo editava o decreto que tornou ainda pior o período da ditadura militar no Brasil.
O Ato Institucional nº 5 é a lembrança que queríamos muito esquecer, mas que precisa ser constantemente citada para que fique registrado o tempo sombrio que vivemos no país. E, especialmente, para que nunca mais se repita.
O AI-5 cerceou direitos civis, fechou o Congresso Nacional, cassou o habeas corpus, censurou à imprensa e, de forma indireta, instituiu a tortura de Estado, já que a partir da publicação do documento o governo pôde matar e torturar de forma ostensiva para defender suas regras inconstitucionais.
A partir dele, o Estado impôs sua força contra qualquer um que fosse contra o regime.
Aqueles tempos ficaram para trás, mas ainda há um esforço em esconder as atrocidades praticadas durante a ditadura. Esta coluna já mostrou, em diversos momentos, a tentativa do atual governo de varrer para debaixo do tapete os erros que foram cometidos naquela época. Mas a história não mente, nem pode ser esquecida.
Enquanto somos governados por um presidente que enaltece torturadores, que já participou de atos pró-AI 5 e que mostra seu desejo de impor seus pensamentos como em um regime militar, o desejo deste colunista para o país é que o aniversário de hoje não seja celebrado por ninguém, mas que a data sirva para que cada brasileiro saiba de onde saiu e valorize a liberdade mais do que nunca.