
A nova rodada da pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 28, entregou um importante presente para Jair Bolsonaro, mas também uma bomba para o ex-presidente da República.
Feito na esteira da imponente manifestação convocada pelo líder da extrema-direita brasileira, o levantamento mostra que 50% dos brasileiros (que souberam do ato) acreditam que ele saiu fortalecido da Paulista.
Outros 26% acham que Bolsonaro saiu mais fraco da manifestação, enquanto 14% não veem diferença alguma.
Esse é o presente, como você, leitor, já percebeu.
É óbvio que, politicamente, o líder da extrema-direita ganhou um fôlego que estava acabando, diante da lesante sequência de reveses sofridos após o fim do seu mandato presidencial.
Mas, mesmo com esse importante respiro, Bolsonaro também viu mais uma bomba cair em seu colo com a divulgação da pesquisa.
Como mostrou Ricardo Chapola, de VEJA, os entrevistados do levantamento tinham que responder se uma eventual prisão do ex-presidente seria justa ou injusta.
Metade – ou 50% dos entrevistados – entende que sim: é justo que Bolsonaro seja preso. Esse grupo de pessoas é seguido por 39% que veem o encarceramento como injusto, enquanto 10% não sabem ou não responderam.
Com esse “presente” e essa “bomba” revelados pela pesquisa, o líder da extrema-direita recebeu, de uma só vez, a notícia que ele mais queria… mas também a que não queria. E isso, ao mesmo tempo.
A jogada de Bolsonaro após manifestação
Além do aviso que Jair Bolsonaro queria dar às autoridades com o ato na Paulista, o ex-presidente atendeu pedidos de inúmeros aliados políticos que só pensam nas eleições municipais.
Já se imaginava que o efeito político seria positivo.
A ideia agora é a de usar as imagens da manifestação em favor do líder da extrema-direita para turbinar as disputas nas capitais e no interior, mostrando que o bolsonarismo segue extremamente relevante, mesmo acuado pela Polícia Federal.
A demonstração de força política de Bolsonaro – seja com as autoridades que atenderam o chamado para o ato, seja com o número de apoiadores presentes nas ruas – era o que queriam lideranças de direita de vários estados. Leia mais.