Nova pesquisa mostra quatro provas de que Bolsonaro resiste
Presidente tem melhor desempenho contra Lula desde julho de 2021
A pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta, 11, mostra que o presidente Jair Bolsonaro resiste na disputa eleitoral e ensaia uma recuperação em segmentos importantes do levantamento.
Para Antônio Lavareda, responsável pela pesquisa, quatro pontos mostram que o presidente ainda tem forças contra Lula, seu principal adversário: além do avanço da avaliação positiva do governo, Bolsonaro ganha pontos na intenção de voto espontânea, no cenário estimulado do primeiro turno e também se recupera no cenário de segundo turno.
Entre os pontos que chamam atenção, as mudanças no cenário de segundo turno são uma notícia a ser comemorada por Bolsonaro e mais um sinal de alerta para Lula.
“O Presidente obtém seu melhor desempenho contra o adversário desde julho de 2021, enquanto Lula oscila abaixo um ponto, com resultado igual ao que tinha em dezembro passado”, aponta Lavareda.
Bolsonaro cresce. Lula oscila. Essa informação mostra que o presidente, apesar dos inúmeros erros cometidos durante o governo, tem forças contra seu principal rival.
Em relação à avaliação do governo, o número de eleitores que considera a gestão ótima ou boa foi de 27%, um avanço de dois pontos na comparação com o final de fevereiro e de quatro pontos quando comparado com os dados de janeiro.
A polarização entre os dois principais candidatos também cresceu. Na intenção de votos espontânea, quando os nomes não são indicados ao eleitor, Bolsonaro cresceu um ponto, com 26%, e Lula também subiu um ponto, com 36%.
No cenário estimulado, quando os nomes são indicados ao eleitor, Bolsonaro ganha dois pontos em um cenário de primeiro turno, enquanto Lula mantém sua pontuação. O atual presidente aparece com 28% e Lula com 43%.
A pesquisa Ipespe também aponta que o posicionamento de Bolsonaro em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia, surpreendentemente, pode ter agradado os eleitores. 62% dos entrevistados defendem que o Brasil fique neutro no conflito, enquanto 29% defendem que a Ucrânia seja defendida e apenas 2% querem que o país apoie a Rússia. É bem verdade que o presidente falou a palavra “neutralidade”, mas teve lado – pró-Rússia.
Bolsonaro tem fôlego para brigar em outubro. O presidente já mostrou sua competitividade e poderá usar esses números para analisar sua estratégia.
Do outro lado, Lula precisa agir. A vitória não é certa e, a cada dia que passa, o petista vai perdendo terreno. Como esta coluna já havia mostrado com o levantamento da Paraná Pesquisas, o ex-presidente tem bombas para desarmar.