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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Marina alerta que efeito do El Niño na Amazônia pode se estender até 2025

Em programa do site de VEJA, a ministra do Meio Ambiente explicou que rios podem não se recuperar até o ano que vem

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 Maio 2024, 08h45 - Publicado em 6 out 2023, 15h50
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    Marina Silva acredita que o efeito do fenômeno El Niño pode se estender por mais dois anos no Brasil, e que ele está sendo potencializado pelos efeitos das mudanças climáticas. Para a ministra do Meio Ambiente, isso pode afetar os rios da Amazônia de uma forma alarmante.

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    “Há uma preocupação muito grande, sim, com relação aos rios. No caso da seca, nós temos uma previsão de El Niño em 2023, que continuará em 2024 e 2025. E uma preocupação no sentido que vai haver um momento em que o rio vai subir a água, mas talvez ele não alcance a cota de cheia. E quando vier o El Niño do ano que vem, sem ter alcançado a cota de cheia, o prejuízo vai ser maior ainda. Quando vier 2025, será também maior ainda. Então, estamos entrando num circulo vicioso. As pessoas querendo minimizar dizendo: ‘Não, mas o El Niño é um fenômeno natural que sempre aconteceu’, e isso é verdade, a gente tem que ter honestidade intelectual e científica. O problema é que ele está sendo potencializado pela mudança do clima. Com o aquecimento no Atlântico Norte, nós temos um processo deletério em que nós começamos o ano com seca no Rio Grande Sul e enchente no Amazonas”, afirmou Marina no programa Os Três Poderes, de VEJA.

    Segundo a ministra do Meio Ambiente, existem 1.038 municípios vulneráveis a eventos extremos, gerados por esse agravamento das mudanças climáticas, o que engloba em torno de 10 milhões de brasileiros e brasileiras. 

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    “Nós estamos terminando o ano com enchente no Rio Grande do Sul e seca no Amazonas. E nós nem alcançamos o pico das consequências do El Niño. Então, é um processo muito delicado. Estamos trabalhando ações não só para mitigar e enfrentar os efeitos das mudanças climáticas, dos eventos extremos, mas para tentar prevenir, o que é uma complexidade. Nós temos que fazer política pública com base em evidências. Não dá pra fazer movimentos erráticos. Por que o PPCDAM deu certo? Porque é uma política pública com base em evidência. Há 20 anos atrás fizemos isso. Eu tinha 45 anos, agora tenho 65. Na questão da adaptação, mitigação e enfrentamento das mudanças climáticas, dos eventos extremos, é uma complicação muito grande. Tem uma série histórica do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) que dá conta de que existem 1.038 municípios vulneráveis a eventos extremos. Dentro desses 1.038 municípios, existem 40 mil pontos de vulnerabilidade. Isso abrange mais ou menos algo em torno de 10 milhões de brasileiros e brasileiras”, disse Marina Silva. 

    A ministra completou: “Quando eu vi esses dados, eu pensei: ‘Meu Deus, não podemos continuar todo ano simplesmente achando que é natural as pessoas serem soterradas, o patrimônio público ser devastado, e todas essas consequências’. Será que é possível prevenir, além de fazer todo o enfrentamento emergencial e sistemas de alerta, quando o evento extremo já está instalado? No caso do Rio Grande do Sul, o Cemaden identificou cinco dias antes que iria ter aquelas chuvas no Vale do Taquari. Nós já fizemos dois seminários, um com os vulneráveis e um seminário com nove órgãos do governo e de pesquisa, incluindo a representante das Nações Unidas na área de adaptação para eventos extremos. (O resultado é) inédito. E acho perfeitamente possível. A ideia é decretar um estado de emergência climática nesses 1.038 municípios, ter ações continuadas ao longo de anos (…) para evitar ao máximo o dano à vida e ao patrimônio”. 

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