O presidente da França, Emmanuel Macron, recebeu o ex-presidente Lula com honrarias reservadas a altas personalidades e chefes de Estado para discutir temas globais “absolutamente fundamentais”.
Como mostrou a cobertura da imprensa, o encontro foi no Palácio do Eliseu e contou com a presença da guarda republicana, que marchou e se posicionou na escadaria onde Macron recebe os convidados especiais.
As fotos do evento mostram uma sintonia entre os dois líderes políticos internacionais. Macron à mesa e Lula ao fundo, com os assessores Aloizio Mercadante e Celso Amorim.
É preciso lembrar que Macron foi eleito com os votos da direita moderada após ter, como ministro da Economia, apoiado reformas pró-empresariado. Que coisa, não é?
Depois, Macron criou o próprio partido e defendeu, na campanha, reformas econômicas liberais. Contudo, também se posicionou em favor de medidas progressistas relacionadas às famílias. Ou seja, se aproximou do centro e ganhou de lavada, derrotando a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.
De lá para cá, Macron virou desafeto do presidente Jair Bolsonaro, que ironizou a aparência física da primeira-dama francesa, Brigitte, de 66 anos. O presidente brasileiro também cancelou em cima da hora reuniões com o staff de Macron. Os dois ainda se estranharam diversas vezes sobre o tema meio ambiente.
O presidente Francês chegou a dizer que sentia tristeza pelos brasileiros. “É triste, é triste. Mas é triste acima de tudo para ele e para os brasileiros. Acho que as mulheres brasileiras, sem dúvida, têm vergonha de ler isso de seu presidente”, disse, afirmando esperar que o país tivesse um chefe de Estado à altura do cargo.
Na reunião com Lula, ficou absolutamente claro quem Macron acredita ser esta pessoa neste momento: Lula. Enquanto isso, Bolsonaro vai colhendo o que plantou, com suas grosserias internacionais e posturas incompatíveis com um presidente da República.
É a extrema-direita está se isolando no mundo, enquanto a esquerda vai tentando, a todo custo, se reorganizar.