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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Lula e a dificuldade de conduzir a pauta política do país

Ou... a tristeza de um país parado!

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 12h09 - Publicado em 21 abr 2024, 11h20
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  • Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
    Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República (TV Brasil/Reprodução)

    A última eleição presidencial foi a mais importante desde a redemocratização do país porque colocou para o eleitorado a escolha entre o campo democrático e um projeto autoritário –materializado por Jair Bolsonaro, agora investigado pela suposta tentativa de golpe de Estado.

    A vitória de Lula e do campo democrático, no entanto, não foi suficiente para o Brasil andar para frente e retomar a pauta do desenvolvimento econômico e social do país.

    No regime presidencialista, espera-se que o presidente da República exerça a liderança política. Mas não é isso que tem acontecido no Brasil – o que fica evidenciado pelo predomínio, sobretudo no Congresso, da agenda moralista de projetos como o da criminalização do porte de drogas, redução de direitos e garantias (como as saidinhas de detentos) e o da liberação desenfreada da posse e porte de armas.

    O campo democrático ganhou a eleição, mas a vontade do eleitor não é efetivada. Ou é, se pensarmos que os parlamentares também foram eleitos numa onda conservadora que hoje arrasta pessoas nas praias de vários países do mundo como num grande tsunami.

    No Brasil, Lula e seu governo são, por um lado, prisioneiros da obsessão da direita pela agenda de costumes – que, com todo respeito, não resolve nenhum dos problemas práticos do brasileiro, como emprego, saúde, educação e segurança. A pauta de segurança pública, aliás, merece destaque. É nesse assunto que entra o discurso direitista truculento, que coloca a violência e a repressão como solução mágica para tudo. Na prática, os resultados são pífios, tanto que o crime só cresce no país.

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    Por outro lado, a esquerda não tem nenhuma proposta para confrontar o discurso fácil e frágil da direita. A atuação do PT e de suas siglas satélites, como PDT, PSB e PCdoB, nessa área se resume a defender os direitos humanos dos acusados e condenados – o que é correto e necessário. Mas e o cidadão que está com medo da violência? Como evitar os assaltos e homicídios? A incapacidade da esquerda também é a causa de boa parte desse travamento do debate sério no país.

    Tudo somado, a extrema-direita bolsonarista sequestrou a pauta do país, mesmo tendo perdido as eleições presidenciais, o que levou à interdição da discussão inteligente que seria capaz de conduzir o país às soluções. É mais do que hora de a esquerda fazer um mea culpa por ter negligenciado a segurança por décadas e começar a trabalhar para oferecer boas  alternativas.

    Assim, quem sabe, a incapacidade de controlar a pauta seja revertida. E o país poderá talvez se desamarrar da armadilha que nos pára onde nem precisaríamos estar!

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