Kassab cai em grande contradição – de novo
Entenda como o xadrezista da política brasileira se perdeu...
O apoio de Gilberto Kassab em São Paulo a um candidato que saiu do governo Bolsonaro coloca o cacique do PSD – tido como um dos maiores xadrezista políticos dos últimos anos – em contradição com as muitas críticas que ele mesmo fez ao presidente da República. O próprio Kassab definiu Bolsonaro como “o pior” chefe do Executivo com quem já conviveu.
O movimento de Kassab fortalece o bolsonarismo no colégio eleitoral mais importante do país, ainda que ele tenha tentado dizer que apoia Tarcísio de Freitas pelas qualidades dele como candidato e não por ser o nome do atual presidente para o governo de São Paulo.
Kassab tenta fazer uma mágica política, mas ele já não é tão bom nisso como antigamente. Neste ano, se perdeu bastante.
Lançou Rodrigo Pacheco como candidato à presidência – com pompas -, mas o senador depois desistiu da disputa. Com isso, virou pedinte de candidato à presidência. Desejou o competente ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung como o nome do seu partido ao Palácio do Planalto. Depois, sinalizou para Eduardo Leite, do PSDB, que à época tentativa passar a perna em João Doria.
Outro tiro n’água de Kassab foi quando tentou colocar Geraldo Alckmin no PSD, o que também não deu certo. Tomou um drible do ex-tucano, que filiou-se ao PSB para poder ser vice do líder das pesquisas presidenciais, Lula.
Seus aliados mais próximos dizem que não é bem assim. Que em Minas Gerais, por exemplo, ele fechou aliança com o PT, já que o prefeito Alexandre Kalil, de seu partido, é o nome do petista para o governo do estado.
Mas São Paulo é o maior colégio eleitoral e domicílio eleitoral do próprio Kassab. Não dá para tapar o sol com a peneira, nem descolar Tarcísio do bolsonarismo. Kassab está sendo contraditório. E muito. Ponto final.