Enquanto Jair Bolsonaro prepara uma arriscada estratégia para o Jornal Nacional nesta segunda, 22, é preciso lembrar que – internamente na Globo – essas entrevistas dos candidatos à presidência foram aumentando de tamanho ao longo dos anos.
Para se ter uma ideia, e citando apenas um exemplo, em 2018 foram 28 minutos. Em 2022 – hoje – serão 40 minutos.
Ou seja, não se trata mais de entrevistas ao Jornal Nacional. Elas hoje se tornaram (e ganharam o formato) de sabatinas. É isso que faz o programa de notícias na TV mais importante do país.
Segundo a coluna apurou, serão, inclusive, dois estúdios. Enquanto um jornalista apresentará o programa em si – com as notícias mais importantes do dia no local normal – a entrevista com Jair Bolsonaro será realizada no Projac.
Por isso, os dois jornalistas escalados para fazer as perguntas estarão focados na preparação dessa “sabatina” com o presidente da República, que deverá abrir o telejornal.
Jair Bolsonaro não havia confirmado a ida, mas, depois, sem conseguir se recuperar nas pesquisas como gostaria, decidiu ir para tentar usar o “palco” a favor dele.
Também é importante lembrar que as entrevistas no “JN” são como os debates. Sempre pode ser pior para quem está à frente nas intenções de voto de uma campanha presidencial. No caso, Luiz Inácio Lula da Silva.
Bolsonaro quer crescer. E é o que vem por aí hoje? Uma sabatina na emissora que o presidente passou os últimos anos criticando veementemente.
Será uma “batalha”, e a semana – na qual se inicia também o programa eleitoral gratuito – ficará marcada mesmo pela “guerra” entre os candidatos para definir quem, de fato, se sairá melhor. Mas, na Globo.