Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Damares anula 295 anistias concedidas a cabos por perseguição na ditadura 

Ação é resultado da força-tarefa criada para revisar, por determinação do STF, os benefícios autorizados a cerca de 2,5 mil ex-militares da FAB

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jun 2020, 16h30 - Publicado em 8 jun 2020, 16h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O governo federal anulou 295 anistias concedidas a ex-cabos da Força Aérea Brasileira (FAB) por perseguição política na época da ditadura militar (1964-1985). A lista com as nulidades foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 8, e faz parte da força-tarefa criada pelo governo com o intuito de reavaliar esses benefícios.

    As portarias extinguindo as concessões foram assinadas pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que alegou não haver comprovação da existência de perseguição política. Em relação às verbas indenizatórias já recebidas, os agora ex-anistiados não serão obrigados a devolvê-las.

    No bastidores, o governo tem falado em cortar na própria carne. Mas a força-tarefa foi implantada após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a revisão pela administração pública, e até a anulação, de anistias concedidas a um grupo de cerca de 2,5 mil ex-cabos da FAB.

    A deliberação do STF, de outubro de 2019, foi comemorada pelo governo na época, pois comprovaria a tese de que houve excessos na concessão de anistias nos governos anteriores.

    Os ministros do STF analisaram o ato da Comissão de Anistia, então vinculada ao Ministério da Justiça, que concedeu indenizações a esses militares licenciados pela portaria nº 1.104-GM3, de 1964, sob o fundamento de perseguição política durante a ditadura.

    Continua após a publicidade

    O grupo de trabalho que está revisando as anistias é composto por membros da Advocacia Geral da União (AGU), Controladoria Geral da União (CGU), além de representantes do próprio ministério comandado por Damares, que coordena a equipe.

    Para a AGU, os pagamentos são indevidos porque a portaria que os licenciou se baseou em tempo de serviço, e não em perseguição política. Boa parte deles, informou o MDH à coluna, foi condecorada por serviços prestados na carreira militar.

    Segundo o MDH, o Ministério da Defesa, que é o responsável pelo pagamento de anistias a militares, desembolsaria de uma só vez R$ 13 bilhões em pagamentos retroativos, caso o STF tivesse decidido pela não revisão e anulação das anistias aos ex-cabos.

    Para o advogado dos ex-militares, Marcelo Torreão, o valor que seria pago era menor, algo em torno de R$ 900 milhões, mas com a liberação do dinheiro em partes, escalonada entre os anistiados da força militar.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.