Nesta quarta-feira, 30, faltará um mês para a posse do novo governo. Por isso a chegada do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva acelerou o jogo da política, que estava muito travado no meio de campo.
Lula é o dono da bola e o melhor craque do time, sabe negociar como ninguém e está armando o jogo montando a sua base de apoio parlamentar, sem a qual ninguém governa sossegado. Resolveu não entrar em bola dividida com o presidente da Câmara, Arthur Lira, apesar de saber que ele costuma jogar mesmo no time adversário. Por isso, deve declarar apoio à reeleição do político alagoano amigo de Bolsonaro.
Bola rolando é a forma de chegar ao gol. Por isso, em vez de ficar segurando a PEC para negociar, resolveu driblar esse ponto de impasse e pôr a proposta em campo. Inverteu a jogada e já está evoluindo no gramado da política. Calculava ter, no final desta manhã, todas as assinaturas necessárias. Já tinha 18 às 9 horas da manhã.
O presidente eleito também precisará de cuidado para escalar o time, até porque fazer substituição de ministro costuma ser traumático. O mais importante é o capitão da área econômica. Com que braçadeira o ex-ministro da Educação Fernando Haddad entraria em campo? Não pode ser com as cores apenas do gasto, precisará de ter também o da responsabilidade fiscal.
Esta é a primeira semana em que Lula se dedica inteiramente às articulações políticas e por isso, desde ontem, o time ganhou muito mais velocidade. Em tempos de Copa do Mundo, não dá para falar de política sem falar de futebol.