Depois de acertar na prisão do empresário Milton Baldin, que sugeriu que CACs e caminhoneiros fossem a Brasília participar dos atos antidemocráticos em frente aos quartéis, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu mais um tiro certo ao mandar afastar o prefeito de Tapurah, no Mato Grosso, por também incentivar os protestos golpistas.
O prefeito Carlos Capeletti fez um discurso após a vitória de Lula nas eleições ameaçando tomar uma atitude se o Exército não agir para impedir a posse do presidente eleito.
“Se até o dia 15 de novembro o Exército não tomar alguma atitude em prol da nação brasileira e da nossa liberdade, nós vamos tomar uma atitude. Se até lá o Exército não tomar uma atitude, vamos nós fazer uma nova Proclamação da República”, disse o prefeito.
A afirmação acende um alerta e atenta contra a democracia. Carlos Capeletti claramente incitou manifestantes insatisfeitos com a derrota de Bolsonaro a agirem por uma “nova proclamação da república”. Tradução? Golpe!
Para o ministro Alexandre de Moraes, a fala do prefeito se enquadra em um “incentivo de lideranças políticas que fomentam e encorajam o engajamento em atos de distúrbio social”.
Mais uma vez, Moraes está certo.
O que esse grupo pretende é tumultuar o ambiente político, questionar a segurança do processo eleitoral e usar pessoas para atrapalhar o bom andamento da democracia no país. O ministro determinou que Carlos Capeletti seja afastado da prefeitura e que o vice-prefeito assuma o cargo.
O trabalho que Moraes tem feito em prol do Brasil é valioso. O ministro tem a coragem de parar os impulsos extremistas de líderes e manifestantes que não aceitam a derrota. Com a decisão sobre o prefeito, Moraes dá mais um passo no xadrez político contra o bolsonarismo para colocar os extremistas para fora do tabuleiro (ou para dentro do xadrez, nesse caso, o xilindró).