Geraldo Alckmin, o picolé de chuchu, ganhou tempero.
Chamando os correligionários do PSB de “companheiros e companheiras”, o ex-governador de São Paulo se filiou ao partido trazendo sabor à campanha de Luiz Inácio Lula da Silva.
Falando como vice sem ter o seu nome oficializado ainda na chapa PT-PSB à presidência, Alckmin elogiou o ex-presidente e disse que Lula interpreta o melhor sentimento da alma nacional e da democracia.
“Se Deus quiser, Lula eleito, ele vai reinserir o Brasil no cenário mundial, alargar o horizonte do Desenvolvimento econômico”, afirmou o ex-tucano e agora ex-adversário do petista.
Alckmin ainda fez brincadeiras e trocadilhos envolvendo Lula, como o óbvio ululante de que o atual governo trabalha de forma a minar o país e que “o Brasil precisa ser bom para todos, dar qualidade de vida para todos”.
O ex-governador de São Paulo lembrou de Eduardo Campos, maior expoente político do PSB nos últimos anos, com carinho. Lamentou a tragédia, acarinhou a família, mas disse que ele foi semeado para que o país melhorasse.
Alckmin ainda enalteceu os “companheiros do PSDB”, partido do qual foi fundador e que deixa agora por desavenças políticas, e citou Mário Covas, para levar, vamos dizer assim, o PSB mais para o centro: “discordância não quer dizer perda de lealdade”.
O ex-governador de São Paulo, que tem bons números no combate à violência em parte do estado paulista, ainda entrou na “seara” de Jair Bolsonaro ao apontar que o tema – segurança – é um dos dois grandes problemas do país.
O outro, para virar finalmente um político da esquerda tradicional brasileira, é o combate à miséria.
Com disse no início da coluna, Geraldo Alckmin, o picolé de chuchu, ganhou sabor. Ele agora é um novo socialista e anda ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva (me desculpe também o trocadilho, governador).