Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

A rasteira de Damares no desafeto de Bolsonaro e dos evangélicos

Ministra exibe arrogância no primeiro passo da campanha e mira inimigo do chefe

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 fev 2022, 17h39 - Publicado em 22 fev 2022, 11h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, assim como grande parte do governo Bolsonaro, errou de forma absurda na condução de políticas públicas tão necessárias ao sofrido Estado brasileiro.

    Às vezes, tenho certeza que Damares não entende a histórica luta das mulheres por igualdade, o que significa a palavra família de fato ou o conceito amplo dos direitos humanos – os três focos da pasta que ocupa.

    Lembrem-se. Para Damares, “menina veste rosa e menino veste azul”, a princesa Elsa, da animação Frozen, “é lésbica”, parte de uma “conspiração do demônio” e ainda acordará a bela adormecida com um “beijo gay”.

    Essa mesma ministra convocou uma coletiva de imprensa para ficar calada e “mostrar como o silêncio da mulher incomoda”. Em outro momento, ao se posicionar contra o aborto, disse que a “gravidez é um problema que dura só nove meses”.

    Pior do que suas frases para “causar” nas redes bolsonaristas, é a omissão em muitas questões que atingem diretamente os direitos humanos. Trata-se de mais um Ministério ocupado para ser neutralizado… por seu ocupante.

    Continua após a publicidade

    Existem mais exemplos, mas vou parar por aqui, já que temos uma novidade em relação a ela. Nesta segunda-feira, 21, Damares resolveu despir-se de qualquer humildade que deveria ter em sua primeira eleição.

    “Eu gostaria de sair candidata pelos 6, ter 6 cadeiras e 6 gabinetes. Mas, como não posso, estou orando para saber se serei e por qual Estado”, disse Damares, que será candidata ao Senado com o apoio das igrejas que viraram partidos políticos e não são punidos por isso.

    Damares acha que é viável em seis estados, dois dos quais até se esqueceu quais são. Vejam: “Tem Roraima, Sergipe, Amapá e São Paulo. Os outros 2 não me lembro, mas são 6. No coração? Amapá. [Davi] Alcolumbre, tô chegando. Beijo, tchau”.

    Continua após a publicidade

    A eleição de 2022 terá apenas uma vaga para o Senado. No Amapá – se sair mesmo pelo Estado amazônico – Damares tentará vingar Jair Bolsonaro, seu ídolo, e André Mendonça, colega de púlpito, que demorou meses para ser sabatinado justamente por Alcolumbre na CCJ do Senado.

    É a vingança do bolsonarismo contra um desafeto.

    Aliás, a parte do “Alcolumbre, tô chegando” foi bem bolada. Mostra que existe marketing por trás de sua candidatura.

    Apesar do fiasco como ministra, não duvidem. Damares tem chance contra Alcolumbre e será competitiva, ainda mais com ele acossado por denúncia de rachadinhas, curiosamente o mesmo esquema que atinge a família daquele chefe de Damares Alves.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.