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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A primeira mudança de tom de Lula sobre Israel

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 09h55 - Publicado em 29 fev 2024, 15h33
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  • Onze dias após dar uma declaração que gerou uma crise diplomática sem precedentes com Israel, Lula finalmente começou a medir as palavras sobre os crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza em resposta ao ataque terrorista do Hamas do último 7 de outubro.

    Não que tenha pedido desculpas, mas é um começo.

    “Todo mundo sabe que o Brasil é contra a guerra na Ucrânia, todo mundo sabe que o Brasil é contra o que está acontecendo na Faixa de Gaza, da mesma forma que fomos contra o ato terrorista do Hamas, e todo mundo sabe que o Brasil não tem e não quer ter contencioso com nenhum país do mundo”, afirmou o presidente brasileiro nesta quinta, 29, na Guiana, com um baita “contencioso” no Oriente Médio.

    Lula não citou Israel desta vez e voltou a condenar o “ato terrorista do Hamas”, enfatizando que o Brasil não quer problema com nenhuma região do planeta. “O Brasil quer paz, quer prosperidade, quer crescimento econômico e quer melhoria de vida do nosso povo”, completou.

    O mandatário é hoje considerado persona non grata (o único brasileiro a conseguir esse título) pelo governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu, que faz uma campanha contra o petista, também há onze dias, de forma totalmente despropositada e desrespeitando todas as regras diplomáticas.

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    Nesta quarta, 28, o ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, voltou a criticar o presidente brasileiro, publicando um meme em suas redes sociais para exigir mais uma vez um pedido de desculpas.

    É que, no dia anterior, Lula tentou jogar panos quentes na crise diplomática (criada por ele mesmo) de uma forma não muito sábia, saindo pela tangente ao dizer que não usou a palavra Holocausto na comparação.

    Não usou, mas falou o seguinte no dia 18 de fevereiro na Etiópia: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”. Não é a palavra Holocausto, mas é a mesma coisa.

    Katz, que humilhou o embaixador brasileiro no Museu do Holocausto, não deixou barato: “Lula, você […] ofendeu a memória de 6 milhões de judeus assassinados no Holocausto. Não vamos esquecer, nem perdoar. Envergonhe-se e peça desculpas”.

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