A importância da reação do governo Lula ao 8 de Janeiro, por Kleber Lucas
Em mensagem enviada à coluna, pastor defende medidas após a tentativa de golpe e afirma que alguns evangélicos deixaram o extremismo, voltando à consciência
O pastor Kleber Lucas, uma das principais lideranças evangélicas brasileiras, acredita que a reação do governo Lula ao 8 de Janeiro conteve o avanço golpista da extrema-direita no Brasil.
“O governo do presidente Lula marcou o pós 8 de janeiro com a firmeza com que deveria ser tratado o assunto. Esse movimento [golpista] certamente foi orientado e articulado, inclusive por setores religiosos, da extrema-direita, do fundamentalismo religioso, que também se insurgiam contra a democracia. E isso foi imediatamente paralisado, e as medidas tomadas foram necessárias e importantes”, afirma.
Em mensagem enviada à coluna um ano após a tentativa de golpe, o pastor diz que alguns evangélicos “repensaram posicionamentos, [outros] foram livrados, inclusive, daquele torpor de extremismo, voltando à consciência”.
“Existem muitos movimentos cristãos protestantes que estão se levantando e dizendo: ‘nós defendemos a bandeira da democracia’. Tenho convicções profundas, e passado isso por onde estou: sobre a necessidade de sermos um estado laico e lutarmos pela democracia no Brasil”, afirma Kleber Lucas.
Leia a integra da mensagem do pastor à coluna um ano após a tentativa de golpe:
“Todos os setores comprometidos com a democracia lutaram e continuam lutando pela democracia, pelo Estado democrático de direito. O novo governo do presidente Lula marcou o pós 8 de janeiro com a firmeza com que deveria ser tratado o assunto. Aliás, no próprio 8 de janeiro já houve medidas firmes e necessárias contra uma tentativa de grupos e movimentos insurgindo contra o Estado democrático de direito. Esse movimento certamente foi orientado e articulado, inclusive por setores religiosos, da extrema-direita, do fundamentalismo religioso, que também se insurgiam contra a democracia. E isso foi imediatamente paralisado, e as medidas tomadas foram necessárias e importantes. O que nós vemos hoje, um ano depois, é que alguns repensaram posicionamentos, [outros] foram livrados, inclusive, daquele torpor de extremismo, voltando à consciência. E existem muito movimentos cristãos protestantes que estão se levantando e dizendo: ‘nós defendemos a bandeira da democracia, do qual eu faço parte’. Tenho convicções profundas, e passado isso por onde eu estou. Sobre a necessidade de sermos um estado laico e lutarmos pela democracia no Brasil”.