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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A dobradinha de Lira e Aras dando fôlego para as ações de Moraes

Ou… o reforço do presidente da Câmara e do PGR para os atos do ministro contra as big techs

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 Maio 2023, 22h34 - Publicado em 11 Maio 2023, 22h16

Após o adiamento da votação do PL das fake news – que regulamenta a atuação das redes sociais no país em busca do combate aos discursos de ódio – o Legislativo, o Judiciário e o Executivo do país se uniram contra as big techs. 

O que parecia uma vitória das redes sociais pode terminar como uma derrota.

A presidência da República tem trabalhado persistentemente pelo novo projeto de Lei, que enfrenta resistência nas alas de extrema-direita do Congresso.

Agora, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, defensor do PL, entrou com uma notícia crime na Procuradoria Geral da República (PGR) denunciando o Google e Telegram por disseminarem fake news, interferindo diretamente – na opinião dele – na organização social do país. 

A denúncia acontece após ambas as empresas dispararem mensagens e colocarem banners em suas plataformas acusando o projeto de censurar a liberdade de expressão do povo brasileiro – Lira alegou que há suspeitas de que essa movimentação tenha sido feita na tentativa de manter o poder econômico dessas empresas de tecnologia.

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No mesmo dia, a PGR de Augusto Aras encaminhou para o STF um pedido de investigação contra os diretores do Google e do Telegram que tiveram participação na campanha de desinformação contra o Projeto de Lei.

O caso deverá ser julgado pelo ministro Alexandre de Moraes, que já determinou a suspensão do funcionamento do Telegram no país por algumas horas.

Em Brasília, o que se comenta é que a tentativa de interferir diretamente na política brasileira, feita pelo Google e Telegram, causou o efeito reverso: uniu os poderes numa missão para que as redes sociais respondam pela forma deliberada que desinformam a população. 

O PL das fake news deverá ser votado na próxima semana. A luta contra o poder das big techs continua, mas – agora – com um fôlego extra.

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