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A defesa de reformas feita pelo nome de Alckmin na transição do PT

“Reformas” é a palavra que sempre assustou petistas. Nessa primeira fala de Persio Arida, ela aparece

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 nov 2022, 14h11 - Publicado em 15 nov 2022, 14h10
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  • O economista Persio Arida, que faz parte do grupo de transição do governo Lula, afirmou nesta terça-feira, 15, em Nova York, “que nada é tão permanente quanto um gasto temporário”. Isso, que pode ser entendido como uma fala sobre o momento atual – e a PEC de transição -, na verdade é um diagnóstico mais amplo sobre a economia brasileira.

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    Um dos autores do Plano Real e que em 2018 foi coordenador econômico da campanha de Geraldo Alckmin, agora vice-presidente eleito, Persio não havia falado desde que foi escolhido como parte do time econômico da transição. Por isso, toda a atenção recaiu sobre essa fala dele.

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    Persio Arida começou sua intervenção no evento do grupo LIDE – o mesmo que levou a NY ministros do Supremo que, nas ruas, foram hostilizados – dizendo que o Brasil precisa retomar o crescimento, mas agora de forma inclusiva e com respeito ao Meio Ambiente. Disse que a igualdade de oportunidades de médio e longo prazo virá da educação, mas neste momento é fundamental um amplo programa social de emergência.

    O Economista Pérsio Arida -
    O Economista Pérsio Arida – (Antonio Milena/VEJA)

    Para o crescimento sustentado da economia, ele sugere três reformas.

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    Primeiro, a abertura da economia. “O Brasil é um país muito fechado. Ele precisa se integrar aos fluxos internacionais de comércio e capital. Nosso setor mais dinâmico é a agricultura, que fez isso”. Persio Arida explicou que é, assim, que o Chile cresce mais do que o Brasil: por ser mais integrado com a economia mundial.

    A segunda reforma – a do Estado – inclui uma ampla revisão de gastos, inclusive de gastos tributários. Ou seja, subsídios. Foi nesse contexto que o economista disse “que nada é tão transparente quanto um gasto temporário”.

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    “Existem gastos que foram iniciados no passado, que ao longo do tempo perderam o sentido e podem ser eliminados. O Brasil tem que fazer o que é feito em muitos países: a revisão dos gastos para ver se eles continuam eficientes”, declarou.

    A terceira reforma seria a tributária, que deveria começar pela reforma dos impostos sobre consumo. Ou seja, em  “tributês”, Imposto sobre o Valor Agregado (IVA). Persio Arida se referia àquela ideia proposta originalmente por Bernardo Appy, apresentada por um projeto do deputado Baleia Rossi, que tramitou na Câmara, e só não foi aprovada porque foi sabotada pelo governo Bolsonaro.

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    “Como já está no Congresso, pode ser aprovada em seis ou oito meses”. Ela une ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins num imposto só. Mas, além disso, a reforma tributária deveria também corrigir o que definiu como “injustiças tributárias”.

    Segundo Persio, reformas só são bem feitas quando não são apenas as ideias dos técnicos, mas resultado do esforço de “persuasão da sociedade”.

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    Na verdade – e Persio Arida sabe disso – tem que começar persuadindo o próprio PT de que esse é o caminho: abrir a economia, cancelar subsídios antigos e melhorar o sistema tributário.

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