O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e ex-secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, foi o entrevistado do programa Ponto de Vista, de VEJA. O braço-direito do ex-ministro Flávio Dino falou sobre a prisão dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, caso que chegou a acompanhar na época em que estava no ministério. Além disso, foi abordado sobre o novo desafio à frente da ABDI, vinculada ao Ministério da Indústria, comandado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Ele ainda comentou sobre as polêmicas envolvendo o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o bilionário Elon Musk.
Para Cappelli, o Congresso ‘referendou’ o ‘trabalho técnico profissional feito pela Polícia Federal’ ao confirmar a prisão de Chiquinho Brazão, deputado acusado de ser um dos mandantes da morte de Marielle. “A Polícia Federal entrou no caso e em pouco mais de um ano conseguiu elucidar um caso que estava parado há mais de cinco anos, demonstrando que o que faltava era atitude e vontade política”, afirmou o ex-secretário. Ele também lamentou o que chamou de ‘contaminação da política pelo crime’ no Brasil.
“Infelizmente, o que a gente vê, é que parte do sistema político acabou sendo contaminado com o crime no Brasil. é preciso enfrentar isso, porque a gente tem o crime, as milicias… e esses territórios controlados se transformam em votos. Isso é gravíssimo. É a penetração do crime por dentro das estruturas do Estado”, disse.
Cappelli também reforçou que a questão da segurança pública “é cada vez mais nacional e isso impõe uma ação decisiva e enérgica do governo federal”.
ELON MUSK
Sobre a recente polêmica entre Musk e Moraes, o ex-secretário foi perguntado sobre o possível banimento da rede social X no Brasil e opinou que isso só “seria uma resposta necessária” se o magnata “cumprisse as bravatas que ele fez”. “Por enquanto, ele não descumpriu nada. Se ele descumprir deliberadamente decisões judiciais da Suprema Corte, ele precisa ser retirado do ar. Não há outra alternativa”, salientou.
“O que tá em jogo hoje no mundo, e é importante que a gente entenda isso, são corporações transnacionais de bilionários afrontando a soberania dos países e querendo se colocar acima das instituições dos países. Rede social não é território livre para cometimento de crimes”, concluiu.
Sobre o programa
O Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, também vai abordar as principais notícias do dia com o editor de VEJA Ricardo Ferraz.
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