O relator da indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o STF, Weverton Rocha, afirmou em entrevista ao Ponto de Vista, de Veja, que o ministro terá outra postura caso vá para o Supremo. O senador ponderou que Dino acabou virando protagonista de um momento difícil para o Brasil, como o 8 de janeiro, e que o cargo exigiu uma postura mais firme, que gerou resistências.
“Como candidato à vaga do Supremo Tribunal Federal, ele sai da posição de atacante para zagueiro. E, nessa posição de zagueiro, obviamente seu perfil e a sua postura tem que ser outra porque lá será um guardião da Constituição Federal. Além dos dois pré-requisitos que a Constituição exige, da reputação ilibada e do notável saber jurídico, ele tem essa condição de ter vivido a vida nos três Poderes e tem uma experiência suficiente para separar o joio do trigo, e ter serenidade na condução desse momento que o Brasil precisa”, disse.
Weverton Rocha acredita que o ministro deva ter de 50 a 60 votos a favor de sua nomeação a vaga no STF, e aposta num placar de 53 senadores favoráveis a indicação de Dino para a Suprema Corte. O relator ressaltou, no entanto, que os votos são secretos e que, por isso, o placar pode mudar.
A sabatina do ministro da Justiça está marcada para esta quarta-feira, 13, junto com a do indicado à PGR, Paulo Gonet.
Veja a entrevista na íntegra.