O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, se defendeu das críticas dos procuradores da Operação Lava Jato a respeito do julgamento iniciado nesta quarta-feira, 13, sobre a competência da Justiça Eleitoral para julgar crimes comuns relacionados a temas eleitorais.
Toffoli anunciou que vai fazer uma representação ao procurador Diogo Castor de Mattos, integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato, em virtude de um texto com “ataques à Justiça Eleitoral”. O texto, lido pelo advogado Ricardo Pieri Nunes na tribuna, também fala em “novo golpe à Lava Jato” na posição de ministros da Segunda Turma do STF a favor de que os casos sejam remetidos à esfera eleitoral.
“Anuncio uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público e à Corregedoria do Ministério Público Federal em razão dos ataques desse procurador à Justiça Eleitoral. Não é admissível esse tipo de ilação. Críticas, no debate jurídico, à respeito do posicionamento técnico-jurídico, isto é necessário e faz parte da dialética, por isso que os tribunais são feitos de forma colegiada. Agora, a injúria, a difamação e a calúnia não serão admitidas”.
“Todos nós, ou integramos, ou estamos em exercício do Tribunal Superior Eleitoral. A Justiça Eleitoral é motivo de orgulho nacional, das instituições que melhor funcionam no país. O Poder Judiciário Eleitoral, só para dar um exemplo, em um pleito municipal, 550.000 registros de candidatura”, defendeu.
Procurado através da assessoria de imprensa do MPF-PR, Diogo Castor de Mattos disse que não vai se manifestar.