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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Tasso Jereissati é o novo conselheiro político de Luciano Huck para 2022

Tucano tem falado com o apresentador para orientá-lo sobre o mundo político. Grupo de apoio já conta com Paulo Hartung, Roberto Freire e o ex-presidente FHC

Por Edoardo Ghirotto
Atualizado em 7 jun 2019, 19h33 - Publicado em 7 jun 2019, 17h24
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  • O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) se juntou a um grupo de conselheiros informais que apoiam a candidatura de Luciano Huck para a Presidência da República na eleição de 2022. O tucano tem conversado com frequência com o apresentador da TV Globo para orientá-lo sobre a política e para incentivar a sua participação no próximo pleito.

    Jereissati se aproximou mais de Huck por estar decepcionado com os rumos tomados pelo PSDB após o governador de São Paulo, João Doria, assumir o protagonismo no partido. A convenção nacional do tucanato, realizada na última sexta-feira 31, marcou a chegada ao poder do grupo político de Doria, que elegeu o ex-ministro Bruno Araújo (PE) como presidente da sigla. O governador não admite publicamente, mas nutre o desejo de concorrer à Presidência em 2022.

    Os principais conselheiros políticos de Huck são o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, o presidente do Cidadania (antigo PPS), Roberto Freire, e o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. A relação com FHC foi costurada pelo economista Andrea Calabi, que é padrasto de Huck e que exerceu, entre outras funções, as presidências do BNDES e do Banco do Brasil durante a presidência do tucano.

    Doria foi aconselhado por tucanos da velha guarda a emitir sinais para convencer FHC de que pode ser um bom candidato à sucessão de Jair Bolsonaro (PSL). Há o temor no PSDB de que Jereissati possa deixar o partido para se filiar à sigla que Huck escolher no futuro. A ideia só seria abortada se o ex-presidente endossasse os planos de Doria para concorrer ao Palácio do Planalto.

    Roberto Freire tenta convencer Huck a se filiar ao Cidadania desde 2017. Por pressões familiares e profissionais, o apresentador desistiu de concorrer à Presidência no ano passado e não firmou compromisso com nenhum partido.

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    Na terça-feira 4, em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, Jereissati afirmou que “é muito cedo” para dizer se apoiará Doria na disputa pela Presidência. “Tem muita água para correr ainda”, declarou. Em março, ao jornal Valor Econômico, o senador disse que Huck, assim como Hartung e o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, são ótimos nomes, “com atuação pública relevante e que estão fazendo um esforço de tentar dar uma refrescada no cenário e nos costumes políticos”.

    Em entrevista publicada na edição desta semana de VEJA, Doria também disse que não é o momento de discutir uma candidatura na eleição de 2022. “É hora de governar”, afirmou. O tucano garantiu, no entanto, que não disputará a reeleição em São Paulo em hipótese alguma. “Sou contra a reeleição. Historicamente, ela produziu mais deficiências do que bons resultados”, declarou.

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