O governo de São Paulo definiu as três doenças que poderão ser tratadas com cannabis medicinal depois que uma lei sancionada por Tarcísio de Freitas (Republicanos) for regulamentada. São elas: síndrome de Dravet, síndrome de Lennox-Gastaut e esclerose tuberosa.
A expectativa do setor é que a legislação entre em vigor até a próxima semana e o medicamento possa ser incluído na lista do SUS.
A escolha das enfermidades foi decidida após uma série de reuniões que ocorreram com 32 entidades médicas, políticas e da sociedade civil, divididas em grupos temáticos. Após a escolha das três doenças, os grupos não serão extintos e ocorrerão novos encontros, pois há outras indicações que foram sugeridas e poderão entrar no rol de distribuição gratuita, como dor crônica refratária (deverá ser a próxima da lista), epilepsia e autismo.
Assim que assinou a lei, de autoria do deputado estadual Caio França (PSB), Tarcísio passou a receber críticas de parte de seu eleitorado conservador. Em entrevista a VEJA, em abril, o governador deixou claro que a questão não passa pela liberação da maconha. “Quando sancionei o projeto do canabidiol, eu estava pensando em pessoas que têm esclerose múltipla, entre outras, que vão se beneficiar do fornecimento dos medicamentos que foram testados e aprovados, e que podem ser obtidos até sinteticamente. Não tem nada a ver com a questão de drogas. É uma questão técnica, de saúde pública”, afirmou.