Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Soraya pede ao STF que mande Pacheco instalar CPI dos atos golpistas

Senadora apresentou mandado de segurança afirmando que o presidente do Senado age com ‘omissão’ e em ‘atuação política antidemocrática’

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 fev 2023, 20h27 - Publicado em 16 fev 2023, 17h06
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A senadora Soraya Thronicke (União-MS), autora de um pedido de abertura de CPI no Senado para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 16, acusando o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de “atuação política antidemocrática”, “omissão” e “resistência e interesse pessoal contra a instalação da CPI”, por ainda não ter feito a leitura do requerimento em plenário, ato que abre caminho para a criação da comissão de investigação. A senadora pede que o Supremo conceda uma liminar para ordenar a Pacheco a instalação do colegiado, assim como ocorreu com a CPI da Pandemia, em 2021, durante o governo Bolsonaro. O caso foi distribuído à relatoria do ministro Gilmar Mendes.

    Antes de entrar com a ação no STF, Soraya Thronicke vinha dizendo que, ao ser reeleito presidente do Senado, Rodrigo Pacheco se comprometeu com ela a fazer a leitura do requerimento na primeira sessão deliberativa da Casa no ano. A leitura, segundo a senadora, teria ficado para a próxima sessão, prevista para 28 de fevereiro, depois do Carnaval.

    No mandado de segurança ao Supremo, Soraya Thronicke cita uma entrevista dada por Pacheco em que ele reconhece que quem fosse eleito presidente da Casa deveria ter o “compromisso” de instalar a CPI. “O que se vê é a omissão do Presidente do Senado ao deixar de dar andamento ao requerimento de instalação de CPI através de sua leitura, de forma consciente e intencional, na medida em que já expressou publicamente ao portal de notícias do próprio Senado Federal, as vésperas de sua reeleição de que ‘quem estiver na presidência do Senado evidentemente terá esse compromisso, de cuidar da leitura desse requerimento de CPI'”.

    “Embora ciente de seu dever, a omissão do Presidente do Senado quanto a leitura do requerimento de instalação de CPI promovido pela Impetrante, evidencia sua resistência e interesse pessoal contra a instalação da CPI, tal como procedeu quando da instalação da ‘CPI da Pandemia da Covid-19’ que somente foi lido após determinação desta Suprema Corte”, diz o mandado de segurança protocolado pelos advogados da senadora.

    O pedido de criação da CPI feito por Soraya Thronicke recebeu até agora 38 assinaturas de apoio, mais do que as 27 necessárias. A maioria dos apoiamentos, no entanto, foi feita por partidos da base aliada do governo Lula no Senado, siglas como PT, PSD e MDB, que agora não desejam mais que a CPI seja instalada — Pacheco é aliado de Lula.

    Continua após a publicidade

    O argumento citado por senadores destes partidos é o de que as assinaturas foram colhidas ainda no 8 de janeiro, “no calor do momento”, e que desde então as investigações caminharam satisfatoriamente junto à Polícia Federal, à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, numa visão que é a mesma do Palácio do Planalto, não haveria porque se criar uma CPI.

    Além da busca de esvaziamento da CPI por senadores governistas, que seguem entre os 38 signatários até o momento, o requerimento de Soraya Thronicke deve enfrentar outro obstáculo no Senado. Como o pedido foi elaborado e assinado pelos senadores ainda em janeiro, antes da posse da nova legislatura, em 1º de fevereiro, e ainda não foi lido e publicado, a Secretaria-Geral da Mesa do Senado entende que o requerimento não deve ser admitido. Seria necessário, assim, que a senadora reapresente o pedido e colha novamente assinaturas de apoio a ele.

    Paralelo à tentativa da senadora do União Brasil de instalar a CPI no Senado, parlamentares bolsonaristas têm assinado apoio à criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), para investigar supostas omissões do governo Lula nos atos de 8 de janeiro. A iniciativa, articulada pelo deputado André Fernandes (PL-CE), recebeu até agora apoios de 31 senadores (acima das 27 mínimas) e 120 deputados (são necessários 171).

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.