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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Silvia Waiãpi é cassada por usar verba pública em harmonização facial

Deputada, que é indígena e bolsonarista, foi denunciada ao MP pela sua ex-coordenadora de campanha, que diz que foi obrigada a fazer o pagamento

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jun 2024, 16h20 - Publicado em 20 jun 2024, 10h08

O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) decidiu, por unanimidade, cassar o mandato da deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP), acusada pelo Ministério Público de ter usado, na campanha de 2022, dinheiro do fundo eleitoral — portanto, dinheiro público — para fazer harmonização facial. O procedimento foi feito em um dentista e custou 9.000 reais.

A decisão foi proferida na quarta-feira, 19, e ainda é passível de recurso. A próxima instância é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

Waiãpi foi denunciada ao MP por sua ex-coordenadora de campanha, Maite Luzia Mastop Martins, que disse que “recebeu ordem da representada (Silvia Waiãpi) para que pagasse o procedimento estético realizado pela candidata com recursos do fundo público”, diz a representação protocolada na Justiça.

O dinheiro teria sido transferido das contas da campanha para a da ex-coordenadora e, depois, para o dentista que fez o procedimento. O recibo, levado por Martins ao MP, está no nome da deputada.

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“É inegável, portanto, que parte dos recursos do FEFC depositados na conta da candidata foram transferidos para a conta de Maite. É inequívoco, também, que após esse recebimento na conta de Maite, ela fez dois pagamentos para o cirurgião dentista Willian Rafael, no valor total de R$ 9.000,00, exatamente o custo do tratamento facial cujo recibo foi trazido por Maite e que foi emitido em nome da representada”, diz a representação do MP, acolhida por unanimidade pelos desembargadores do TRE-AP.

A ex-coordenadora chegou a responder ao mesmo processo, mas foi absolvida no julgamento desta quarta.

Leia também: Saiba quem é Silvia Waiãpi 

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Waiãpi é uma das apoiadoras mais fiéis de Jair Bolsonaro. A deputada, que é indígena, fez parte do governo de transição do ex-presidente em 2018 e é a primeira militar brasileira da sua etnia.

Ela foi investigada também por causa dos ataques antidemocráticos do 8 de Janeiro. Na ocasião, Waiãpi publicou nas redes sociais um vídeo da invasão à sede dos Três Poderes elogiando a ação dos radicais. A deputada chegou a ser indiciada pela Polícia Federal, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) não ofereceu denúncia.

O que diz Waiãpi

Por meio de sua assessoria, a deputada divulgou uma nota afirmando que ficou sabendo da cassação “através da imprensa”, que teve suas contas de campanha aprovadas e que nem ela nem seus advogados teriam sido intimados no julgamento.

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“A deputada Silvia Waiãpi soube pela imprensa que seu mandato havia sido ‘cassado’. Porém, as contas já haviam sido julgadas e as mesmas aprovadas pelo mesmo tribunal. É estranho que a deputada Silvia Waiãpi não tenha sido intimada, tampouco seus respectivos advogados. Somente após a audiência pública, que ela presidia e que terminou próximo às 19 horas, é que a deputada foi questionada sobre o julgamento”, diz a nota.

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