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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Segurança e educação dominam debate VEJA para prefeitura de Santos

Candidatos discutem ampliar câmeras de vigilância e GCM, elevar salários de professores e instituir ensino básico em tempo integral

Por Bruno Caniato Atualizado em 2 set 2024, 14h32 - Publicado em 2 set 2024, 12h46

Discussões sobre segurança pública e educação foram os destaques do debate promovido por VEJA nesta segunda-feira, 2, com candidatos à prefeitura de Santos. Os postulantes ao Executivo da maior cidade do litoral paulista apresentaram um leque de propostas envolvendo combate à violência e ao tráfico de drogas, políticas para moradores de rua e dependentes químicos e valorização dos professores municipais.

Foram abordadas, ainda, ações para enfrentamento às mudanças climáticas na Baixada Santista.

O evento teve a participação do prefeito Rogério Santos (Republicanos), da deputada federal Rosana Valle (PL) e da vereadora Telma de Souza (PT) e foi realizado em parceria com a ESPM e apoio do instituto Paraná Pesquisas e do escritório Bonini Guedes Advocacia.

Segurança em foco, letalidade policial ignorada

O tema da segurança pública, maior reclamação atual dos brasileiros que também preocupa Santos, foi o mais abordado ao longo do debate. Rosana Valle, candidata apoiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, defendeu dobrar o efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM) e dar aos agentes o poder de busca ativa, permitindo operações mais rígidas nas ruas para identificar criminosos.

Outra proposta da deputada envolve ampliar o uso de câmeras de vigilância urbana, incluindo a modernização dos equipamentos para identificação de rostos e placas de veículos e a integração de sistemas privados de monitoramento ao circuito. Em réplica, o prefeito Rogério Santos afirmou que todas as medidas sugeridas pela parlamentar já existem na cidade, citando a colaboração com o programa Muralha Paulista, do governo estadual.

Questionados sobre a Operação Verão, da Polícia Militar de São Paulo, prefeito e deputada se esquivaram de comentários sobre a alta taxa de letalidade dos agentes — foram 56 pesssoas mortas em 58 dias na Baixada Santista, ação mais mortal da PM-SP desde o Massacre do Carandiru, em 1992.

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Falando sobre a operação, Rogério Santos exaltou a participação do centro de controle da cidade e as mais de 1.000 prisões efetuadas pela PM. Por sua vez, Rosana Valle elogiou a atuação do secretário de Segurança Pública de São Paulo e colega partidário, Guilherme Derrite, defendeu o pulso firme no combate ao tráfico de drogas no Porto de Santos e declarou: “eu estou sempre ao lado da polícia”.

Moradores de rua: acolhimento vs. internação compulsória

Os candidatos foram perguntados, ainda, sobre políticas em relação à população de rua e a existência de cracolândias regionais na Baixada Santista — ao menos 16 locais de “fluxo” de usuários foram identificados na região pela CPI da Epidemia de Crack na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no início do ano.

Rosana Valle voltou a defender a prerrogativa de busca ativa pela GCM e acrescentou que planeja criar “consultórios de rua” para agilizar o processo de internação compulsória de usuários de drogas. O prefeito Rogério Santos rebateu que a rival “confunde política social e segurança pública” e manifestou uma visão mais moderada, argumentando que “cada morador de rua tem uma história”, citando problemas psiquiátricos, dependência química e antecedentes criminais, e afirmando que é preciso pensar também na geração de empregos e na hospedagem temporária em albergues.

Educação: prefeito vira alvo por baixo Ideb

A vereadora Telma Souza, professora da rede pública e ex-prefeita de Santos entre 1989 e 1992, focou grande parte das suas propostas na área da educação. Segundo a candidata, o aprendizado de qualidade exige valorizar os salários dos professores, implementar o ensino integral em todas as escolas municipais e ter como objetivo alcançar a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que caiu de 5,3 para 5,1 desde o início do mandato de Rogério Santos.

O prefeito, por sua vez, disse que é contrário ao projeto de terceirização da gestão de escolas promovido pelo governador e colega partidário Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas acrescentou que deixará a decisão a cargo da comunidade escolar. Segundo o mandatário, o modelo de escola cívico-militar proposto pelo governo estadual não foi implementado em Santos após ser rejeitado por professores e pais de alunos em consultas públicas.

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Mudanças climáticas são ponto de convergência

Em relação à prevenção de desastres causados pelas mudanças climáticas, Telma de Souza defendeu a construção em larga escala de muros de arrimo para conter deslizamentos em áreas de risco, além de abrigos temporários prontos para receber imediatamente a população afetada por enchentes. Ao longo do debate, a vereadora também propôs a construção de casas para retirar os moradores de zonas mais vulneráveis, incluindo habitantes da Vila Gilda, maior complexo de favelas sobre palafitas da América Latina.

Na mesma linha, Rogério Santos ressaltou que sua gestão direcionou mais de 100 milhões de reais para obras de contenção de encostas e drenagens. Uma delas, frisou, foi a inauguração da primeira estação elevatória da Zona Noroeste de Santos, região que vive sob risco constante de inundações, e anunciou o plano de entregar mais quatro estruturas do tipo caso seja reeleito.

Outros debates

O debate com os candidatos em Santos será o quarto da série VEJA E VOTE. O primeiro, no dia 19 de agosto, envolveu concorrentes à prefeitura de São Paulo. O segundo, no dia 26, reuniu os postulantes ao comando de Guarulhos. O terceiro, no último dia 30, foi entre os candidatos a prefeito de São Bernardo do Campo.

Estão previstos ainda encontros com os candidatos do Rio de Janeiro (12 de setembro) e Campinas (16 de setembro).

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