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Se for candidato, Celso Russomanno copiará Bolsonaro e não irá a debates

Líder nas pesquisas nas eleições para a Prefeitura de São Paulo em 2012 e 2016, deputado tem dito que não irá a embates para preservar seu capital político

Por Edoardo Ghirotto
Atualizado em 6 jul 2020, 20h40 - Publicado em 6 jul 2020, 20h07
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  • Caso opte por concorrer à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP), que começou liderando – e perdeu – as duas últimas eleições municipais – não participará de nenhum debate organizado por veículos de comunicação. Em conversas com os executivos de emissoras de televisão, Russomanno tem dito que irá se espelhar em Jair Bolsonaro para não participar dos embates com outros candidatos. O deputado é próximo ao presidente e pertence a um dos principais partidos do Centrão, bloco que tem ganhado cargos no governo em troca de apoio à agenda presidencial no Congresso.

    Russomanno largou nas últimas duas eleições com altos índices de intenção de voto, mas acabou perdendo o capital político ao se tornar alvo dos adversários nos debates. Em 2016, neste mesmo mês de julho, segundo o Ibope, ele tinha 29% da preferência do eleitorado, enquanto João Doria (PSDB) era o quinto colocado, com apenas 7% – o tucano disparou e acabou vencendo a eleição no primeiro turno, com 53%. Em 2012, Russomanno liderou até as vésperas da votação. Em setembro, ele tinha 35% contra 19% de José Serra (PSDB) e 15% de Fernando Haddad (PT) – os dois últimos foram para o segundo turno, e o petista foi eleito.

    Agora, Russomanno cita a vitoriosa campanha de Bolsonaro na eleição de 2018 para justificar a estratégia, lembrando que o presidente compareceu somente aos dois primeiros debates realizados pelas emissoras. A desistência de ir aos embates foi tomada antes do atentado que Bolsonaro sofreu em setembro, em Juiz de Fora, e que o impediu de fazer campanha nas ruas.

    O deputado ainda não decidiu se será candidato nesta eleição. Ele já rejeitou uma oferta do PSDB para ser vice do atual prefeito, Bruno Covas, sob a justificativa de que só deixará seu mandato na Câmara para encabeçar uma chapa própria.

    Apresentador da TV Record, Russomanno poderá permanecer no ar até o dia 10 de agosto. O limite foi estendido em função do adiamento da eleição municipal para novembro, definido pelo Congresso na semana passada para evitar aglomerações em meio à pandemia de Covid-19.

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    Datena

    Outro apresentador de televisão desistiu de disputar a Prefeitura de São Paulo. José Luiz Datena se filiou ao MDB para concorrer ao cargo, mas aceitou um pedido da TV Bandeirantes para permanecer no ar. O partido espera que ele seja candidato a uma vaga no Senado em 2022.

    Além de Covas, a disputa para a Prefeitura de São Paulo deverá contar com o ex-governador Márcio França (PSB), com a deputada Joice Hasselman (PSL) e com o ex-deputado Jilmar Tatto (PT). Também são esperadas as candidaturas de Filipe Sabará (Novo), Andrea Matarazzo (PSD) e Guilherme Boulos (PSOL). A ex-prefeita Marta Suplicy se filiou ao Solidariedade, mas não definiu se entrará na disputa pelo cargo.

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