Saiba qual governador se sairia melhor hoje numa disputa contra Lula
Paraná Pesquisas testou o potencial eleitoral de Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ratinho Jr., Ronaldo Caiado e Helder Barbalho
Em levantamento recente, O Paraná Pesquisas testou o potencial eleitoral de cinco governadores para avaliar quem teria, neste momento, mais chances de vitória numa eventual disputa pela Presidência da República em 2026 contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá tentar a reeleição. Dos cinco nomes testados, o do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos) foi o que se saiu melhor.
Os demais avaliados foram os governadores do Paraná, Ratinho Jr. (PSD); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e do Pará, Helder Barbalho (MDB), além de Ciro Gomes (PDT), que governou o Ceará entre os anos de 1991 e 1994 mas hoje não exerce cargo público.
O instituto apresentou esta lista e perguntou em quem o entrevistado votaria se a eleição fosse hoje. Segundo a pesquisa, Tarcísio foi apontado por 17,4% dos entrevistados, seguido apenas por Lula, que obteve 37,%. Ciro Gomes aparece em seguida, com 10,3%.
Ratinho Jr., com 6,2%, puxa a fila dos governadores, seguido de Romeu Zema (5,8%), Ronaldo Caiado (2,1) e Helder Barbalho (1,1).
O Paraná Pesquisas ouviu 2026 eleitores com mais de 16 anos nos 26 Estados e no Distrito Federal entre os dias 24 e 28 de janeiro. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais e para menos. A taxa de confiança é de 95%.
Michelle
Ainda que tenha o melhor desempenho entre os cinco governadores avaliados, Tarcísio não supera a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL). Quando testada no lugar dele, a ex-primeira-dama atinge 23%. São 5,6 pontos percentuais a mais que o governador de São Paulo. Neste cenário, Lula tem 37,6%. Ciro aparece com 9,3% e é seguido por Zema (6,5%), Ratinho Jr (5,1%), Caiado (9%) e Helder (0,9%).
Michelle comanda o PL Mulher desde março deste ano, com salário de R$ 41 mil, e é a aposta do partido para atrair o público feminino e evangélico. Ela tem participado de eventos, feito discursos públicos e participado de campanhas publicitárias da legenda.
“Michelle é a candidata do Valdemar (Costa Neto, presidente do PL), mas Tarcísio tem a máquina”, observa o cientista político Rodrigo Prando, professor do Mackenzie. Ele pondera, por outro lado, que contra a ex-primeira-dama pesa o fato de que ela ainda não passou pelo escrutínio público natural de uma campanha e a manifestação do próprio Bolsonaro no sentido de que prefere ver Michelle concorrendo a um cargo no Legislativo.
Sobre Tarcísio, Prando lembra ainda que o governador ainda tem a opção de concorrer à reeleição em São Paulo.