Em campanha pela reeleição, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), terá um reforço em sua segurança e de sua família. Segundo apurou a reportagem de VEJA, o motivo foram interceptações telefônicas e de um bilhete que demonstram a insatisfação do crime organizado com a transferência de presos e com a apreensão de armas. Na última semana, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) promoveu o deslocamento de detentos da Penitenciária de Presidente Bernardes para a de Presidente Venceslau, ambas na região oeste do estado.
No bilhete, escrito a mão e encontrado no telhado de um dos presídios, atribuído pelo governo ao PCC, um interlocutor afirma que, depois que Rodrigo Garcia assumiu o mandato (em abril deste ano), o “Estado opressor” tem proporcionado perdas financeiras para o movimento criminoso.
De janeiro a julho de 2022, a polícia paulista apreendeu 139.000 toneladas de drogas, um crescimento de 29,3% na comparação com o mesmo período de 2021, época em que a pandemia havia atingido seu pico.
Diante da citação pessoal do governador, a Casa Militar, responsável pela segurança de Rodrigo, emitiu um comunicado solicitando ao comando da Polícia Militar o imediato reforço de efetivo e de material bélico.
Procurado pela reportagem de VEJA para comentar o assunto, em nota o governo paulista afirmou que não comenta dados estratégicos elaborados pelo setor de Inteligência e não detalha o planejamento de segurança da autoridade estadual, com o objetivo de não expor a riscos o governador de São Paulo e seus familiares.