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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Quem é o ex-chefe da Rota que virou assessor para segurança de Boulos

Coronel da reserva, Alexandre Gasparian foi comandante da Rota em 2015, durante o governo de Geraldo Alckmin, quando ocorreram chacinas na Grande São Paulo

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jul 2024, 11h56 - Publicado em 4 jul 2024, 11h45
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  • O conorel da reserva, Alexandre Gaspar Gasparian
    O conorel da reserva, Alexandre Gaspar Gasparian (Youtube/Reprodução)

    A corrida pela prefeitura de São Paulo este ano deve contar, nas campanhas dos dois candidatos que estão na liderança nas pesquisas, com a presença de ex-comandantes da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), a tropa de elite da Polícia Militar paulista. Além de Ricardo Mello Araújo, confirmado como vice do prefeito e pré-candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) conta com o ex-chefe do batalhão Alexandre Gaspar Gasparian na elaboração da parte de segurança pública do seu plano de governo.

    Discreto e sem atividade relevante nas redes sociais, Gasparian comandou a Rota por quase sete meses, de fevereiro a setembro de 2015. Na época, o governador de São Paulo era Geraldo Alckmin, ainda filiado ao PSDB, e o secretário de Segurança Pública era o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

    Na época, o tucano justificou a demissão de Gasparian do cargo de chefia por uma questão estratégica e creditou a decisão a Moraes. No entanto, havia um contexto delicado que comprometia a tropa de elite. Em agosto de 2015, aconteceu uma chacina em Osasco e Barueri que deixou dezenove pessoas mortas, entre civis e militares. Uma onda de ataques violentos tomou a região na noite do dia 13 daquele mês, impactando a rotina dos moradores e até o funcionamento do comércio. O episódio repercutiu nacionalmente.

    Policiais cercam corpo de vítima das série de ataques na Grande São Paulo
    Policiais cercam corpo de vítima das série de ataques na Grande São Paulo, em agosto de 2015, quando Gasparian comandava a Rota (Edu Silva/Futura Press)

    Um dos policiais militares que estava no episódio, Victor Cristilder Silva dos Santos, foi condenado em março de 2018 a uma pena de 119 anos pelo Tribunal do Júri. Ele foi acusado de dezesseis homicídios. Na sua defesa, ele alegou que os ataques foram praticados por membros do Primeiro Comando Capital, o PCC.

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    Naquele mesmo mês, catorze policiais militares foram presos pela suspeita de simular um tiroteio e executarem dois homens em Pirituba (zona norte da capital paulista). Em setembro, seis agentes foram presos suspeitos de terem jogado um suspeito de uma altura de nove metros e baleado outro, simulando um confronto falso. Os dois tinha, em tese, furtado uma moto no bairro do Butantã.

    Mesmo fora do comando da Rota, Gasparian continuou exercendo funções de liderança em outros quadros da Polícia Militar de São Paulo. Ele foi comandante da Tropa de Choque e homenageado na Assembleia Legislativa do Estado, em junho de 2018, junto com outros profissionais das forças de segurança, pela sua atuação no incêndio do Edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou em meio às chamas no Largo do Paissandu, centro de São Paulo.

    Aposentado dos quadros da ativa, em abril deste ano, Gasparian assumiu como vice-presidente do Instituto Pró-PM. É uma organização sem fins lucrativos que arrecada recursos e se articula para melhorar o atendimento médico, odontológico e psicológico a que os membros das carreiras militares têm acesso.

    A sua indicação para integrar o estafe de Boulos foi uma iniciativa para fazer frente ao que pode ser uma das pautas da campanha. Pesquisas recentes indicam que a segurança pública, mesmo não sendo um tema exatamente de competência do município, é um dos assuntos que mais preocupam a população.

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    Bolsonaro

    Já a indicação de Ricardo Mello Araújo para ser vice de Nunes atendeu a uma exigência de Jair Bolsonaro para selar o seu apoio à reeleição do prefeito.

    Mello Araújo foi indicado por Bolsonaro para comandar a Ceagesp, o principal entreposto de alimentos do país, durante a gestão do ex-presidente. Ele sempre se mostrou fiel a Bolsonaro e às pautas defendidas pelo bolsonarismo.

    Sua entrada na chapa também teve o efeito de neutralizar uma provável perda de eleitores de direita para a candidatura do coach Pablo Marçal (PRTB), que começou pontuando bem nas pesquisas.

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