Dos oito candidatos à Presidência que participam do debate na Band, um é menos conhecido dos eleitores brasileiros, é pouco lembrado em pesquisas e estreia como um nome nacional. Trata-se do deputado federal Cabo Daciolo (RJ), escalado como presidenciável do nanico Patriota depois que Jair Bolsonaro desistiu de entrar no partido e foi concorrer pelo PSL.
”Glória a Deus”, disse Daciolo, no início de sua primeira manifestação no debate desta quinta-feira. A religião, inclusive, motivou a expulsão do deputado federal do PSOL, partido ao qual estava filiado antes de se vincular ao Patriota.
Em 2016, o Cabo anunciou sua pretensão de protocolar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para incluir a citação de que ”todo o poder emana de Deus”, alterando o que prevê o artigo 1º da Constituição Federal – “Todo o poder emana do povo”, que marca a laicidade do Estado brasileiro. Na ocasião, a diretoria nacional do PSOL avaliou que o posicionamento do deputado contrariava o estatuto do partido.
Cabo Daciolo também provocou polêmica quando defendeu os policiais envolvidos na morte, em 2013, do pedreiro Amarildo de Souza. Além disso, o deputado federal notabilizou-se por liderar uma greve dos bombeiros, no Rio de Janeiro. Neste ano, foi criticado por orar pela “cura” da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é tetraplégica de doença que não tem cura.