O presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou na segunda, 10, com uma nova representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido ao descumprimento de decisão anterior que proibiu a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de divulgar um vídeo ligando o então deputado federal à prática de canibalismo. Agora, além de reiterar a medida, o atual mandatário da República quer que as emissoras de televisão sejam impedidas de veicular quaisquer inserções políticas do Partido dos Trabalhadores enquanto não comprovarem a exclusão do material.
Além disso, no pedido ao tribunal, a defesa de Bolsonaro anexou os impulsionamentos que a página do ex-presidente petista realizou no Facebook, nos dias 8 e 9 de outubro. O valor gasto foi de cerca de 30.000 reais e atingiu 2 milhões de pessoas.
Os anúncios foram concentrados majoritariamente em São Paulo (28%), Rio de Janeiro (13%), Minas Gerais (10%) e Pernambuco (5). O restante dos estados ficou com percentual menor de engajamento.
O vídeo, que resgata uma entrevista do atual presidente, concedida em 2016 ao New York Times, mostra Bolsonaro afirmando que tinha curiosidade de presenciar um ritual indígena de canibalismo. Ele acrescentou ainda que iria mesmo se a condição fosse a de compartilhar do banquete (nada disso acabou se realizando): “Eu vou te falar o que é que é comer um índio. Eu estive em Surucucu (Roraima) certa vez, morreu um índio e eles estão cozinhando. Eles cozinham o índio, é a cultura deles. Cozinham por dois, três dias e comem com banana”, disse.