Procurador-geral de SP vai assumir segurança pública na gestão Lewandowski
Considerado linha-dura, Mario Sarrubbo comanda o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, vai assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) na futura gestão de Ricardo Lewandowski à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a partir de 1º de fevereiro. Segundo VEJA apurou, o chefe do Ministério Público paulista já aceitou o convite e deve se desligar do posto antes de março, data prevista para o final de seu mandato.
Sarrubbo está no cargo há quase quatro anos. Foi escolhido pelo então governador João Doria, em 2020, e reconduzido ao cargo dois anos depois, por Rodrigo Garcia (PSDB). O convite tem relação, no entanto, com outra atividade desempenhada por Sarrubo, o comando do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC). É considerado especialista em segurança pública e exigente no cumprimento de ações contra o crime.
Graduado no Mackenzie, pós-graduado na PUC-SP e atualmente professor da FAAP, Sarrubbo foi diretor da Escola Superior do MPSP e presidente do Colégio de Diretores de Escolas e Centros de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional dos Ministérios Públicos do Brasil.
A escolha do procurador-geral paulista encerra a disputa pelo comando da Senasp e dificulta ainda mais a permanência de Ricardo Cappelli no ministério. O atual número dois da pasta, que segue sob o comando de Flávio Dino até 1º de fevereiro, ganhou prestígio dentro e fora do governo ao desempenhar, com sucesso, o posto de interventor da segurança pública do Distrito Federal após a tentativa de golpe de 8 de Janeiro. Ele chegou a ser cotado para substituir Dino, mas foi preterido por Lewandowski, que, segundo Lula afirmou, terá autonomia para montar sua equipe.
Outras mudanças
Sarrubo deve ser apenas uma das novidades da pasta sob o comando do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal. Há expectativa que outros cargos tenham seu comando trocado, como é o caso da Secretaria Nacional de Justiça, que tem hoje o advogado Augusto Botelho como chefe. Para o posto de Cappelli o escolhido deve ser o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, que foi assessor do futuro ministro no Supremo.