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Polícia diz que morte de petista no PR não foi crime de ódio ou político

Inquérito da Polícia Civil estadual foi concluído nesta sexta-feira, 15

Por Da Redação Atualizado em 15 jul 2022, 12h49 - Publicado em 15 jul 2022, 12h06
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  • A Polícia Civil do Paraná concluiu nesta sexta-feira, 15, o inquérito que apurava o assassinato do militante do PT Marcelo Arruda a tiros por um simpatizante bolsonarista, Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu no sábado 9 e concluiu que não há como apontar que o crime foi político ou motivado por ódio.

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    Segundo a delegada Camila Cecconello, o que o inquérito mostrou é que houve sim uma primeira discussão motivada por divergências políticas — quando Guaranho foi até o local provocar Arruda, que comemorava o seu aniversário de 50 anos com um tema pró-Lula –, mas que não daria para concluir que esse foi o motivo do assassinato. “Nesse primeiro momento, fica muito claro que houve uma provocação e uma discussão em razão de opiniões políticas. Agora, quando ele retorna para casa e resolve voltar (ao local da festa, onde ocorreu o crime), não há prova nos autos suficientes de que ele voltou porque queria cometer um crime de ódio contra uma pessoa ou pessoas de outro partido político que não o dele”, disse.

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    A conclusão se baseia fundamentalmente no depoimento da esposa de Guaranho, cujo nome não foi divulgado. De acordo com ela, Guaranho voltou à festa porque queria revidar uma suposta humilhação sofrida na discussão com Arruda. “O que nós temos é o depoimento da esposa, que diz que ele alegou que ia voltar porque se sentiu humilhado porque a pessoa teria jogado pedras e terra dentro do carro e acertado a esposa e o filho dele”, afirma a delegada.

    Segundo a delegada, essa motivação na volta ao local da discussão não foi política. “É difícil nós falarmos que há um crime de ódio, que ele matou pelo fato de a vítima ser petista. Segundo os depoimentos, que é o que a gente tem nos autos, ele voltou porque se sentiu ofendido com essa escalada da discussão, com esse acirramento da discussão entre os dois”, diz.

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    Guaranho será indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe. Ele está internado na UTI porque foi baleado por Arruda durante o episódio. O inquérito agora será encaminhado ao Ministério Público, que pode apresentar a denúncia à Justiça ou pedir novas diligências.

    A conclusão do inquérito da polícia paranaense deve aumentar a pressão da oposição para que o caso seja federalizado. Integrantes dos partidos que apoiam a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já foram ao procurador-geral da República, Augusto Aras, pedir que o crime seja levado à esfera federal — ou seja, transferido à Polícia Federal e à Justiça Federal.

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    Reportagem de VEJA desta semana mostra que uma das estratégias da oposição é tentar ligar o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao acirramento da violência política no país. Guaranho teria chegado à festa onde matou Arruda dizendo “Aqui é Bolsonaro” e “Mito”.

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