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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Pesquisas: o alerta para Lula e o PT nas duas maiores cidades do Nordeste

Levantamentos em Fortaleza e Salvador foram feitos pelo instituto Paraná Pesquisas

Por Da Redação Atualizado em 16 jul 2024, 17h15 - Publicado em 16 jul 2024, 13h37

A menos de três meses da eleição municipal, dois levantamentos feitos entre os dias 12 e 15 de julho pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado nesta terça-feira, 16, precisam ser observados ao menos como um sinal de alerta para o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas duas cidades, as maiores do Nordeste (ambas com 2,4 milhões de habitantes), a popularidade do presidente e dos governadores petistas tem uma trajetória descendente desde o início do ano.

Em Fortaleza, maior capital nordestina, o governador Elmano de Freitas tem a sua gestão aprovada por 48,3% dos eleitores e desaprovada por 47%, enquanto 4,8% não souberam ou não quiseram responder. Em janeiro deste ano, a aprovação era de 56,4% — depois oscilou para 52,3% em março e para 49,6% em junho. Já a desaprovação, que era de 39,6%, foi a 43,5%, e posteriormente a 45,4%.

Na mesma cidade, a aprovação ao trabalho de Lula também oscilou para baixo nesse período. Era de 59,5% em janeiro, caiu para 52,4% em março e foi a 51,7% em junho. A desaprovação, que era de 37,4% no primeiro mês do ano, agora é de 45,3%.

Lula
Lula com o ministro Camilo Santana e o governador do Ceará, Elmano de Freitas: candidato do PT tem menos de 10% das intenções de voto em Fortaleza (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)

O PT e Lula consideram a capital cearense uma das prioridades na eleição municipal deste ano. O pré-candidato petista, Evandro Leitão, tem o apoio de Lula, de Elmano e de outros grão-caciques do estado, como o ministro da Educação, Camilo Santana (Educação), que governou o Ceará por dois mandatos e foi eleito senador em 2022.

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Leitão, no entanto, tem apenas 9,4% das intenções de voto e e está atrás do ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil), que tem 33%; e do prefeito José Sarto (PDT), que tem 18,3%; e empatado tecnicamente, na margem de erro de 3,5 pontos percentuais, com o deputado André Fernandes (PL), que tem 15,1% (leia aqui a matéria completa sobre a corrida em Fortaleza).

Salvador

Na capital baiana, o cenário é parecido. O governador Jerônimo Rodrigues  — que assim como Elmano de Freitas está no primeiro mandato e vai ter que buscar a reeleição em 2026 — tem visto a popularidade em queda. Da mesma forma que o colega cearense, a segurança pública, com o crescimento das ações do crime organizado, tem sido o “calcanhar de Aquiles” de sua gestão.

De acordo com o Paraná Pesquisas, o trabalho de Jerônimo era aprovado por 59,1% dos eleitores em janeiro deste ano, depois, foi para 56,3% em março, 52,8% em junho e chegou agora a 50,4%. Já a desaprovação fez movimento inverso: foi de 35,3% em janeiro para 39,8% em março, 43,1% em junho e chegou a 45,1% em julho.

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Lula, que teve na capital baiana a sua maior votação contra Jair Bolsonaro em 2022 (72% dos votos), também tem derrapado no quesito popularidade entre os soteropolitanos. A aprovação ao seu terceiro mandato era de 67% em janeiro, foi para 63,2% em março, depois a 59,5% em junho e agora oscilou um pouco para cima (59,8%). Já a desaprovação, que era de 29,3% no início do ano, foi para 22,1% em março, depois chegou  37,4% em junho e recuou dentro da margem de erro para 36,5% em julho.

Em Salvador, Lula e Jerônimo apoiam o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) para a prefeitura, mas ele está longe de se mostrar competitivo: tem 12,5% das intenções de voto, contra 67,6% do atual prefeito, Bruno Reis (União Brasil) — leia aqui a matéria completa sobre a eleição em Salvador.

Além de Lula e Jerônimo, Geraldo Júnior ainda tem os apoios de outros caciques locais do PT: o ministro Rui Costa (Casa Civil) e o senador Jaques Wagner , ambos ex-governadores do estado. O petismo comanda a Bahia há cinco mandatos consecutivos.

 

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