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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Pazuello balança na Saúde, e pasta é de novo alvo do Centrão e Osmar Terra

General que comanda o ministério interinamente desde 15 de maio e virou pivô de crise entre militares e Gilmar Mendes deve ter a saída do cargo antecipada

Por Mariana Zylberkan Atualizado em 14 jul 2020, 13h28 - Publicado em 14 jul 2020, 13h05

O Ministério da Saúde deve trocar de comando mais um vez até o fim deste mês ou, o mais tardar, até a primeira quinzena de agosto. O general Eduardo Pazuello, que comanda a pasta interinamente desde 15 de maio, após saída de Nelson Teich – que ficou menos de um mês no cargo, após suceder Luiz Henrique Mandetta -, deve deixar o posto para ser substituído, provavelmente, por uma indicação do chamado Centrão, bloco parlamentar que passou a apoiar o presidente Jair Bolsonaro.

Entre os mais cotados, está novamente o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que já foi cogitado outras vezes e que continua fortalecido, apesar das previsões equivocadas que já fez em relação à pandemia do novo coronavírus. Próximo a Jair Bolsonaro, o médico gaúcho tem se feito bastante presente junto ao primeiro escalão do governo e não passa uma semana sem comparecer a agendas com o presidente e com o chefe da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos.

Sua indicação serviria para agradar o Centrão, já que Terra é de um partido que tem boas relações com o grupo, e também beneficiaria o seu suplente na Câmara dos Deputados, Darcísio Perondi (MDB-RS), que já foi vice-líder do governo na Câmara, é amigo de Bolsonaro e poderia voltar ao Parlamento.

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A negociação política aparentemente superou a necessidade do governo de encontrar um nome técnico para o cargo – missão que ficou ainda mais difícil após a saída prematura de Teich – em uma pasta recheada de militares em postos estratégicos e pressionada pela necessidade de defender bandeiras controversas de Bolsonaro, como o uso da cloroquina. O órgão perdeu prestígio no meio ao editar, por pressão do presidente, a norma técnica que recomenda a utilização do medicamento em estágios iniciais da doença, algo sem eficácia comprovada cientificamente, e ao tentar alterar a forma de divulgação dos números de casos e mortes. Diante disso, os estados assumiram as principais decisões de forma heterogênea.

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Outro nome técnico que sempre figura como candidata ao posto e é bem-vista entre os bolsonaristas, a médica Nise Yamaguchi diminuiu as suas chances ao ser afastada neste mês pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, por causa de uma declaração na qual associava estratégias do nazismo com o combate ao coronavírus, o que provocou indignação na comunidade judaica. Assim como Terra, Yamaguchi tem bom relacionamento com Bolsonaro e defende o uso da cloroquina.

Alívio

O clima entre os servidores é de alívio com a provável saída de Pazuello, já que a relação com os vários militares que assumiram postos-chaves no ministério não é das melhores. Até a indicação de Terra é vista como uma mudança favorável por se tratar de alguém da área de Saúde com quem dá ao menos para dialogar de maneira técnica, ao contrário do que ocorre atualmente.

Indicado por Bolsonaro com a missão de administrar o Ministério da Saúde no auge do acúmulo de casos e mortes por coronavírus no país, Pazuello é militar da ativa e tem sido alvo de pressão para ir para a reserva, na tentativa de evitar a contaminação política das Forças Armadas no atual governo. Sua atuação sempre teve caráter temporário e terminaria uma vez que o país passasse pelo período mais turbulento da pandemia, mas deve ser encurtada diante da crise deflagrada pelas críticas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes ao comando da pasta pelo pífio desempenho diante da crise sanitária no país.

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Em palestra no último sábado, Gilmar comentou o fato de um general (Pazuello) estar como ministro interino da Saúde há tanto tempo: “Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável”, afirmou. A declaração provocou uma resposta dura dos três comandantes militares e do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. “Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana”, escreveram em uma segunda nota pública, após a primeira ter sido considerada no meio militar leve demais com o magistrado.

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