A definição dos candidatos que irão ao segundo turno na eleição estadual paulista jogou um banho de água fria nas pretensões do PSDB de se manter no comando do maior estado brasileiro, do qual estava à frente desde 1995. Agora caberá ao governador Rodrigo Garcia preparar a transição para Fernando Haddad, do PT, ou Tarcísio de Freitas, do Republicanos, em vez de planejar a oitava gestão seguida da legenda em São Paulo.
Sem uma dobradinha federal pela primeira vez desde a redemocratização, o postulante tucano se apoiou desde o início do período eleitoral na tática de fugir da polarização federal entre Lula e Bolsonaro. Também escapou de temas nacionais, sempre dizendo que o cidadão paulista estava interessado em pautas locais, o que não ocorreu. Sem apresentar seu sucessor João Doria em nenhum momento, o candidato tucano dizia que não tinha padrinho político.
No último debate do primeiro turno, promovido pela TV Globo, Rodrigo Garcia foi escanteado pelos dois principais oponentes da eleição deste ano, que optaram por fazer perguntas mútuas e não dar espaço para o tucano, que reclamou: “Desde o começo do debate está claro aqui a tabelinha que o Haddad e o Tarcísio estão fazendo. Eles querem trazer a guerra política (nacional) para cá”.