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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

O que pensa a velha guarda tucana da pré-candidatura de Doria

Nomes históricos do PSDB em diferentes estados se colocam contra a escolha do paulista como candidato ao Planalto, mas também há quem defenda, como FHC

Por Diogo Magri Atualizado em 23 Maio 2022, 09h36 - Publicado em 21 Maio 2022, 09h53

As reuniões realizadas pela cúpula do PSDB ao longo da última semana expuseram a crise interna do partido e a pressão para retirar a pré-candidatura de João Doria (PSDB), vencedor das prévias presidenciais em novembro último. Entre as vozes que pesaram contra o ex-governador de São Paulo, estão alguns “cabeças brancas”, tucanos históricos que há décadas são expoentes do partido em seus estados.

O suplente de senador por São Paulo José Aníbal é um que marca oposição interna a Doria desde que este foi eleito prefeito da capital paulista, em 2016. Aníbal declarou preferência por Eduardo Leite (RS) ou Tasso Jereissati (CE) como presidenciáveis da terceira via. “A equação de Doria não fecha: é alta rejeição e baixa intenção de voto”, afirma. Em fevereiro, o tucano já disse a VEJA que o ex-governador de São Paulo abriria mão da candidatura “se tivesse um átomo de sensatez”.

Outros descontentes com a pré-candidatura são Aloysio Nunes, ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso, e Marconi Perillo, ex-governador de Goiás. Sem citar nomes, Perillo afirma que “cabe aos protagonistas entenderem suas limitações e abrirem o caminho para quem possa ajudar [na campanha nacional]”. Nunes foi além: declarou apoio, já no primeiro turno, a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por considerar o PSDB um partido sem rumo e unidade, comparando seu movimento ao feito pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), mais um tucano histórico que embarcou na chapa petista em 2022. Além de ministro de FHC, Nunes participou também do governo de Michel Temer (MDB) e foi, de 2011 a 2019, senador em São Paulo.

Mas posição contra Doria tampouco é uma unanimidade entre caciques. Arthur Virgílio Neto, outro ex-ministro de FHC e ex-senador pelo Amazonas, foi derrotado pelo paulista nas prévias presidenciais e defende o atual pré-candidato. “Se não, ninguém mais vai respeitar as prévias do PSDB”, afirma. A opinião do amazonense é corroborada pelo próprio Fernando Henrique Cardoso, que apoiou Doria através de sua rede social no sábado, 14, após carta enviada pelo pré-candidato em que acusou o partido de golpe.

 

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