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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O polêmico Hino Nacional com ‘gênero neutro’ em ato com Lula e Boulos

Uso de 'des filhes' em vez de 'dos filhos' virou alvo de críticas de bolsonaristas; campanha de Boulos diz que não solicitou e não autorizou alteração

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 ago 2024, 17h17 - Publicado em 27 ago 2024, 15h39
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  • A interpretação do Hino Nacional com uso de “linguagem neutra” durante um ato de campanha de Guilherme Boulos (PSOL) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu uma incrível brecha para o candidato de esquerda em São Paulo virar alvo da oposição nas redes sociais.

    No vídeo compartilhado em perfis oficiais de Boulos, uma intérprete usa o termo “Des filhes” ao declamar o trecho “Dos filhos deste solo, és mãe gentil”. A gravação foi apagada dos canais do candidato, mas tanto trechos quanto a íntegra do evento são encontrados em contas no Twitter e no YouTube.

    A campanha de Boulos afirma que não solicitou e não autorizou a alteração na letra do Hino Nacional. “A produtora, organizadora do evento, foi responsável pela contratação de todos os profissionais que trabalharam para a realização da atividade, incluindo a seleção e o convite à intérprete que cantou o Hino Nacional”, diz a assessoria do candidato.

    O ato aconteceu no último sábado, 24, no Campo Limpo, zona sul de São Paulo. A candidata a vice-prefeita Marta Suplicy (PT) e ministros como Marina Silva (Meio Ambiente) e Silvio Almeida (Direitos Humanos) também estiveram presentes.

     

    Nas redes, aliados de Jair Bolsonaro criticaram o uso da linguagem neutra durante a solenidade. Os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP) anunciaram que deverão recorrer à Procuradoria-Geral da República por violação de símbolo nacional.

    “Essa modificação não é apenas uma mudança de palavras — trata-se de um desrespeito aos símbolos nacionais, a nossa cultura e a nossa língua. Diante dessa situação, estou protocolando uma ação na Procuradoria-Geral da República (PGR) para que as devidas providências sejam tomadas. É fundamental que os símbolos que representam nossa identidade nacional sejam preservados em sua integridade”, publicou Nikolas.

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    DESRESPEITO! VERGONHOSO! Vamos representar à PGR com base na Lei 5.700/71 por violar símbolo nacional”, declarou Zambelli. 

    O deputado Kim Kataguiri (União-SP) classificou o ato como um “retrocesso” e disse que a esquerda “não se importa em passar vergonha” e nem em “desrespeitar as leis em nome da ideologia”. “Se Lula e Boulos não respeitam nem o hino nacional, imagina o que eles vão fazer com os seus filhos se ganharem a prefeitura?”, publicou o deputado.

    Os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jorge Seif (PL-SC) também se manifestaram contra. “Nosso hino é um símbolo da nossa identidade nacional e não pode ser desrespeitado dessa forma. Ele é parte de quem nasceu no Brasil. Desrespeitar os símbolos nacionais é crime, um crime que aconteceu embaixo do nariz do presidente da República”, publicou Flávio. “Ultrajante! Desrespeitar o Hino Nacional é crime, além de ser um deboche, um desrespeito com os cidadãos brasileiros”. disse Seif.

    https://twitter.com/nikolas_dm/status/1828397071973380540

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