Convocado a prestar depoimento à CPI das Criptomoedas, na Câmara, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho acionou o Supremo Tribunal Federal com um pedido para não ser obrigado a comparecer à comissão. O irmão e empresário de Ronaldinho, Roberto Assis Moreira, o Assis, também convocado, fez a mesma solicitação ao STF. Os depoimentos deles estão marcados para esta terça-feira, 22.
O ex-jogador e seu empresário foram chamados a falar à CPI sobre a empresa 18K Ronaldinho Gaúcho, suspeita de fraudes em investimentos com criptomoedas. A defesa de Ronaldinho afirma ao STF que ele não é sócio no negócio, teve a imagem usada indevidamente e também foi prejudicado pela 18K. O autor do requerimento de convocação, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), apontou que o ex-craque se tornou réu em uma ação que pede 300 milhões de reais de reparação por prejuízos a investidores.
Os advogados de Ronaldinho Gaúcho lembram que o ministro André Mendonça derrubou na semana passada as convocações dos atores Cauã Reymond e Tatá Werneck à CPI das Criptomoedas e afirmam que a comissão busca “tão somente os holofotes a partir da oitiva de pessoas conhecidas nacional e internacionalmente”.
O habeas corpus do ex-jogador diz que ele já prestou esclarecimentos sobre a empresa em investigações em São Paulo e no Rio de Janeiro. Sustenta também que a convocação imputa a Ronaldinho “condição de envolvido em fraudes” e, deste modo, ele poderia ficar em silêncio em razão do direito à não autoincriminação. O pedido para que a convocação seja transformada em comparecimento facultativo ainda não foi distribuído a um dos ministros do STF.