Há tempos o PT não estava tão otimista. Na segunda-feira, 24, o partido reuniu 3.400 militantes (segundo o próprio PT) em um encontro virtual com os chamados setoriais da legen (nome dado aos grupos temáticos) para discutir os planos da legenda para a eleição e ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula disse que estava “bestificado” com o tamanho da mobilização interna da legenda e que “nunca o Brasil precisou tanto de um partido como o PT”. Durante o evento, foi apresentado um plano para a organização de 5.000 comitês populares até maio – parte deles físico e parte virtual –, que promoverão a orientação e a mobilização da militância pelo país. A presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, disse que o partido vive o seu melhor momento em dez anos.
Não é tão difícil assim, já que desde 2013, quando as chamadas “jornadas de junho” já chamuscaram o governo petista, o partido entrou em uma espiral vertiginosa de queda. Veio em 2014 a Operação Lava Jato, que atingiu vários dirigentes da legenda; o impeachment de Dilma Roussef, iniciado em 2015; a prisão de Lula em 2018; a derrota eleitoral para Jair Bolsonaro no mesmo ano; e o pior desempenho da história da legenda nas eleições municipais em 2020, quando não elegeu nenhum prefeito de capital.