O governo federal anunciou nesta segunda-feira, 6, que a Itaipu Binacional vai destinar 1,3 bilhão de reais para infraestrutura em Belém, no Pará, sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro de 2025.
É o maior aporte financeiro da Itaipu fora da área de abrangência da empresa. O anúncio será oficializado em uma cerimônia nesta tarde, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do diretor da companhia, Enio Verri, do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL).
Serão assinados três convênios. O primeiro, de 1 bilhão de reais, será firmado com a Secretaria de Estado de Obras Públicas para implantação de um parque linear, execução de 50 quilômetros de rede coletora de esgoto, 4,8 mil ligações de esgoto, pavimentação de vias de acesso à COP30, entre outras medidas.
O segundo convênio, no valor de 323,5 milhões, será assinado pela Itaipu e a Prefeitura de Belém para construção do Parque Urbano Igarapé São Joaquim, incluindo projeto de arquitetura, paisagismo, rede de esgoto, abastecimento, iluminação pública, pavimentação e sinalização viária. O contrato também inclui obras no Ver-o-Peso — um dos mercados públicos mais antigos do país e símbolo da capital paraense — e a restauração do Mercado Municipal de São Brás.
O último acordo envolve a Itaipu, a Prefeitura de Belém e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) para o desenvolvimento de metodologia para a gestão de resíduos sólidos, ações de educação ambiental e de inovação em biotecnologia.
COP30
Belém foi oficializada como sede da COP em dezembro de 2023. É a primeira vez que o evento acontecerá na Amazônia. Desde então, o governo federal, estadual e a prefeitura iniciaram uma sede de obras para adaptar a cidade. Como VEJA mostrou, a estimativa é de pelo menos 50.000 pessoas. O cálculo é feito com base na conferência de Dubai, que recebeu 40.000 pessoas em 2023, no dia mais movimentado.
Um dos principais desafios da capital é ampliar as vagas de hospedagem — há apenas 18.000. A cidade também enfrenta outros problemas, como saneamento básico, coleta de lixo, segurança e a oferta pequena de voos.