O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, confirmou nesta quinta-feira, 3, que Jair Bolsonaro não vai participar de eventos de campanha na capital paulista antes do primeiro turno, mas minimizou a ausência do aliado. Segundo o emedebista, o ex-presidente está se dedicando a agendas em outras cidades.
A declaração ocorreu após uma reunião com empresários da Associação Empresarial da Região Sul (AESUL) na manhã desta quinta. Nunes foi questionado por jornalistas se Bolsonaro estaria presente em algum compromisso até domingo, 6. “Eu creio que não. Pelo que me falaram, ele está com agenda por outros municípios do país. Acho que ele está se dedicando lá. Aqui a gente está indo bem. O Tarcísio está acompanhando bastante as agendas, há meio que uma divisão de tarefas nessa ação final da campanha”, respondeu.
O prefeito lembrou ainda que Bolsonaro participou da convenção partidária que oficializou sua candidatura em São Paulo, no início de agosto. “O melhor momento da campanha, que sinaliza o apoio, é a convenção. O Bolsonaro ficou mais de três horas na convenção, ele e a Michelle. Ele chegou antes de mim e ficou até o final. Fez um discurso em que declarou o apoio de forma muito contundente”, ressaltou.
Apesar de ter declarado apoio a Nunes, o ex-presidente se engajou muito pouco na campanha. Bolsonaro não gravou com o prefeito para a propaganda eleitoral na televisão nem participou de comícios ou agendas pela cidade. A última vez em que eles estiveram juntos foi no ato de 7 de setembro, na Avenida Paulista.
Live
Em uma live na noite de quarta-feira, Bolsonaro não pediu voto a Nunes e disse que a eleição em São Paulo é contra “o candidato do Lula”, em referência a Guilherme Boulos (PSOL). “São Paulo: triplo empate. E a gente espera que aquele cara, que é o candidato do Lula, não chegue. Imagina o Lula com o maior orçamento da União, e o terceiro, que é São Paulo. Além de espremer o Tarcísio, vai ter meios, uma máquina, para a sua manutenção no poder”, disse.
O presidente citou o nome do prefeito e destacou o coronel Ricardo Mello Araújo, nome indicado por ele para vice na chapa. “O Mello Araújo não vai ser um vice para atrapalhar o prefeito e ficar em gabinete. Pode ter certeza que ele vai estar ativo. Se o Nunes estivesse mal-intencionado, jamais ele aceitaria o vice Mello Araújo, o coronel da nossa Rota, da Polícia militar de São Paulo”, concluiu.