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Por José Benedito da Silva
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Nas capitais, PT pode ter o seu pior desempenho desde que foi criado

Partido esperava superar fiasco de 2016, quando elegeu só um prefeito, mas agora tem apenas dois no segundo turno, ambos em situação difícil nas pesquisas

Por Da Redação Atualizado em 26 nov 2020, 13h49 - Publicado em 26 nov 2020, 13h33

O PT apostava nas eleições municipais de 2020 para reverter o fiasco de 2016, quando o partido sofreu um duro revés nas urnas – na esteira da Operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Roussef, elegeu apenas um prefeito nas capitais (Marcus Alexandre, em Rio Branco) e sofreu derrotas importantes como a não reeleição de Fernando Haddad em São Paulo.

Mas, aparentemente, a legenda corre o risco de um novo vexame nas principais cidades, porque só tem dois candidatos disputando o segundo turno nas capitais – Marília Arraes em Pernambuco e João Coser em Vitória -, mas ambos têm a vitória ameaçada, segundo as últimas pesquisas.

Segundo pesquisa Ibope feita no Recife entre segunda-feira, 23, e quarta-feira, 25, Marília recuou de 53% para 49%, enquanto seu adversário, João Campos (PSB), oscilou de 47% para 51%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A queda da petista ocorre no momento em que ela ficou sob a suspeita da prática de rachadinha — caso foi revelado por reportagem de VEJA — e foi notificada pela Justiça em processo no qual é acusada de improbidade administrativa pela contratação de funcionários fantasmas quando era vereadora na capital pernambucana.

Já em Vitória, no levantamento feito pelo instituto entre os dias 21 e 23 de novembro, o delegado bolsonarista Lorenzo Pazolini (Republicanos) aparece à frente com 53% dos votos válidos, enquanto o ex-prefeito João Coser (PT) tem 47%. Como a margem de erro é de quatro pontos, eles estão tecnicamente empatados.

Mesmo que consiga eleger ambos, o PT ainda assim só teria um resultado um pouco melhor que o de 2016 e igual ao de 1996, quando elegeu apenas dois prefeitos também: Raul Pont, em Porto Alegre, e Edmilson Rodrigues, em Belém.

Se não eleger nenhum, será o pior resultado da história do partido nas disputas municipais – a legenda, criada em 1980, disputou a sua primeira eleição para prefeituras de capitais em 1988 (na ditadura militar, não havia eleição nas sedes de estado).

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O auge da hegemonia petista nas capitais ocorreu em 2004, a primeira disputa municipal após a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República – naquele ano, o partido elegeu nove prefeitos.

Veja abaixo o desempenho do PT nas eleições municipais desde a redemocratização do país:

2016

  • Marcus Alexandre (Rio Branco)

2012

  • Fernando Haddad (São Paulo)
  • Paulo Garcia (Goiânia)
  • Luciano Cartaxo (João Pessoa)
  • Marcus Alexandre (Rio Branco)

2008

  • Luizianne Lins (Fortaleza)
  • João da Costa (Recife)
  • João Coser (Vitória)
  • Raul Filho (Palmas)
  • Roberto Sobrinho (Porto Velho)
  • Raimundo Angelim (Rio Branco)

2004

  • Fernando Pimentel (Belo Horizonte)
  • Luizianne Lins (Fortaleza)
  • João Paulo (Recife)
  • Marcelo Deda (Aracaju)
  • João Coser (Vitória)
  • Raimundo Angelim (Rio Branco)
  • João Henrique Pimentel (Macapá)
  • Raul Filho (Palmas)
  • Roberto Sobrinho (Porto Velho)

2000

  • Marta Suplicy (São Paulo)
  • Tarso Genro (Porto Alegre)
  • João Paulo (Recife)
  • Edmilson Rodrigues (Belém)
  • Pedro Wilson (Goiânia)
  • Marcelo Deda (Aracaju)

1996

  • Edmilson Rodrigues (Belém)
  • Raul Pont (Porto Alegre)

1992

  • Patrus Ananias (Belo Horizonte)
  • Darci Accorsi (Goiânia)
  • Tarso Genro (Porto Alegre)
  • Jorge Viana (Rio Branco)

1988

  • Luiza Erundina (São Paulo)
  • Olívio Dutra (Porto Alegre)
  • Vitor Buaiz (Vitória)

 

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