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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Mulher que acusou candidato ao governo do MS diz que mentiu por dinheiro

Testemunha afirma que recebeu 2.000 reais para denunciar Marquinhos Trad (PSD) por assédio sexual

Por Da Redação Atualizado em 26 jul 2022, 09h58 - Publicado em 26 jul 2022, 09h57
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  • A polêmica envolvendo a troca de acusações entre adversários políticos na eleição do Mato Grosso do Sul ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira, 25. Uma mulher que havia acusado o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD), candidato ao governo, de assédio sexual prestou uma declaração em cartório afirmando que a acusação é falsa e que ela recebeu dinheiro para fazê-la.

    Segundo o relato registrado em cartório, ao qual VEJA teve acesso, a testemunha, que afirma ser garota de programa, disse que ela e outras duas colegas foram procuradas por adversários de Trad durante uma festa com a oferta de dinheiro para que acusassem o candidato do PSD de assédio sexual.

    Elas concordaram com a proposta. A declarante afirma ter recebido 2.000 reais após ter feito o depoimento contra o ex-prefeito à polícia, mas que agora se arrependeu e que está com medo de sofrer represálias por ter admitido agora que mentiu sobre a acusação.

    Trad virou alvo de um inquérito da Polícia Civil que já ouviu depoimentos de ao menos três mulheres que o acusam de assédio sexual durante o período em que ele foi prefeito de Campo Grande. Ele nega as acusações e diz que a investigação foi aberta depois que criticou uma operação da Polícia Militar para reintegração de posse de uma área indígena, quando passou a ser ameaçado pelo governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), que tenta emplacar como sucessor o secretário Eduardo Riedel (PSDB).

    Como VEJA relatou na segunda-feira, Trad irá anexar no inquérito conversas que teve por meio de WhatsApp nas quais ele foi ameaçado pelo delegado Antônio Carlos Videira, atual secretário de Segurança Pública do estado.

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    Nas mensagens, Videira pede a Trad, entre outras coisas, que “não bata na segurança pública que tudo pode continuar bem” e que ele faça retratação pelas críticas à ação da polícia. “Retrate-se Marcos, só isso que os policiais estão esperando”, continuou.

    Leia abaixo os prints da conversa que Trad irá anexar ao inquérito.

    Suposta conversa entre o secretário da Segurança Pública do MS, Antônio Carlos Videira, e o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), candidato ao governo do estado
    Suposta conversa entre o secretário da Segurança Pública do MS, Antônio Carlos Videira, e o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), candidato ao governo do estado (Reprodução/Reprodução)
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    Suposta conversa entre o secretário da Segurança Pública do MS, Antônio Carlos Videira, e o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), candidato ao governo do estado
    Suposta conversa entre o secretário da Segurança Pública do MS, Antônio Carlos Videira, e o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), candidato ao governo do estado (Reprodução/Reprodução)

     

    Segundo a última pesquisa para o governo sul-matogrossense, divulgada pelo instituto Real Time Big Data em 14 de junho, Marquinhos Trad está empatado na margem de erro de três pontos para mais ou para menos com os candidatos André Puccinelli (MDB) e Rose Modesto (União Brasil). Trad teria 22%, Puccinelli 21% e Rose, 15%. Riedel aparece abaixo do trio, com 8% das intenções de voto.

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