MPF pede afastamento de diretor da Polícia Rodoviária Federal
Silvinei Vasques é acusado de pedir votos para Jair Bolsonaro

O Ministério Público Federal pediu o afastamento, por noventa dias, do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, sob a acusação de que ele teria pedido votos para o presidente Jair Bolsonaro. Na véspera do segundo turno, Vasques publicou em sua conta do Instagram uma mensagem de apoio ao então candidato à reeleição, mas acabou apagando tempos depois. “Não é possível dissociar da narrativa desta inicial a possibilidade de que as condutas do requerido, especialmente na véspera do pleito eleitoral, tenham contribuído sobremodo para o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação oficial do resultado pelo TSE”, escreveram os procuradores.
A solicitação do MPF, que ainda não foi apreciada, ocorreu em uma ação de improbidade administrativa que corre na Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Em outra frente, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar as blitze que a PRF fez no dia do segundo turno, sobretudo no Nordeste, para fiscalizar o transporte de pessoas, mesmo contrariando determinação expressa da Justiça. A conduta de Silvinei nas manifestações antidemocráticas logo após a derrota de Bolsonaro também é objeto de investigação.