Mossoró: governo prorroga uso da Força Nacional na caça a presos em fuga
Em portaria editada na terça, ministro Ricardo Lewandowski estendeu permanência da corporação por mais dez dias; operação de captura já tem mais de um mês
O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou na noite desta terça-feira, 19, por mais dez dias a atuação da Força Nacional em Mossoró para auxiliar a Polícia Federal (PF) na busca pelos dois fugitivos do presídio federal de segurança máxima da região. A portaria original, prevista para durar trinta dias, se encerrou nesta terça.
Diante dessa prorrogação, a Força Nacional vai continuar atuando nas buscas de Mossoró até o dia 29 de março — no fim desse novo prazo, ainda pode haver uma segunda prorrogação. Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça protagonizaram a primeira fuga de um presídio federal da história do Brasil no dia 14 de fevereiro. Desde então, a agentes da PF e da Força Nacional têm empreendido esforços conjuntos no intuito de recapturá-los, sem sucesso.
Na semana passada, o ministro Ricardo Lewandowski sobrevoou a região e disse que muito provavelmente os fugitivos estão na zona rural de Baraúna, cidade a 35 quilômetros da capital do Rio Grande do Norte. No último sábado, 16, investigadores receberam a pista de que os criminosos tentaram invadir uma residência na região, mas não conseguiram. Cães farejadores confirmaram a presença de Nascimento e Mendonça no local.
Até o momento, sete pessoas foram presas, suspeitas de terem colaborado com os fugitivos. Além dos colaboradores espontâneos e do suporte de facções criminosas, os dois também invadiram residências, mantiveram moradores reféns e praticaram pequenos furtos na região metropolitana de Mossoró.
Além da PF e da Força Nacional, participam das buscas a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Além disso, agentes de outros estados foram enviados para encorpar a equipe de buscas.
Desafio
A fuga em Mossoró é o primeiro grande desafio de Lewandowski à frente do Ministério da Justiça. Ele assumiu a pasta no dia 1º de fevereiro, substituindo Flávio Dino, que foi para o Supremo Tribunal Federal (STF). A pauta da segurança pública é o “calcanhar de Aquiles” do governo federal, diante do aumento das estatísticas negativas na área e da má avaliação da gestão de Lula nesse quesito.