Moro diz que irá percorrer o Paraná para saber qual cargo deve disputar
Após desistir da corrida presidencial e ser impedido de concorrer em SP, ex-juiz decidiu 'manter suspense' sobre candidatura no seu estado natal
Após sofrer revés em São Paulo, o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) informou, nesta terça-feira, 14, que vai circular por todas as cidades do Paraná antes de decidir qual cargo vai disputar nas eleições de outubro. “A gente quer ouvir o povo paranaense, circular pelo estado, por todas as cidades para ouvir o problema das pessoas e ver qual a melhor forma de contribuir”, disse. O ex-juiz fez o anúncio em uma coletiva de imprensa, em Curitiba, ao lado do presidente do partido, Luciano Bivar – que é pré-candidato à Presidência da República –, do líder do diretório estadual do União Brasil, deputado federal Felipe Francischini, e da esposa, Rosângela Moro.
Inicialmente, Moro disputaria a Presidência da República pelo Podemos, mas acabou se transferindo para o União Brasil, onde não encontrou guarida para a pretensão presidencial. O ex-juiz então decidiu concorrer a uma vaga no Senado por São Paulo, mas teve a transferência do domicílio eleitoral barrada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Com isso, terá que disputar as eleições em seu estado natal, o Paraná. Ainda não se sabe se ele vai brigar pela vaga no Senado ou concorrer à Câmara dos Deputados. Questionado sobre a indefinição de sua candidatura, o ex-ministro disse que vai “manter o suspense” até as convenções partidárias, em julho, quando deve anunciar a decisão.
O ex-juiz afirma que tem o apoio do União para disputar qualquer cargo. No entanto, ainda enfrenta resistência de uma ala do partido, principalmente dos membros ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Na tarde de segunda-feira, 13, Cristiane Mesquita, recém-filiada ao União e integrante da ala bolsonarista da sigla, apresentou um pedido de impugnação da filiação de Moro no diretório paranaense. Ela argumenta que ele se filiou à sigla em São Paulo, então só poderia concorrer pelo estado. Durante a coletiva de imprensa, Francischini afirmou que o documento já foi previamente analisado e “não tem fundamento algum”. “A filiação no Paraná do ex-juiz Sergio Moro não terá problema nenhum”, declarou.