Saiu no Diário Oficial da União desta terça-feira, 24, a exoneração de 43 funcionários da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em meio à situação de emergência sanitária que vivem as tribos ianomâmis no país, além da dispensa de onze chefes distritais de Saúde Indígena da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde.
No caso da Funai, a demissão dos 43 colaboradores representa mais uma faxina no legado militar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Todos os demitidos eram militares de carreira nomeados pelo gestor anterior, o delegado Marcelo Xavier.
“Quando a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil nos convocou para aldear a política brasileira, este chamado também incluía ocupar órgãos como a Funai e a Sesai, tão estratégicos ao movimento indígena”, disse a ministra dos Povos Indígenas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Sonia Guajajara. “Por isso, afirmo com convicção que estes funcionários foram tardiamente exonerados, uma vez que todos eles tinham uma orientação totalmente contrária à missão da Funai, que é garantir e proteger nossos direitos”, garantiu.
“Agora as indicações e nomeações serão alinhadas aos objetivos das organizações indígenas e teremos a confiança de ter pessoas que trabalham, verdadeiramente, pela proteção e promoção dos direitos indígenas”, concluiu a ministra.