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Irritado com jornais, desembargador sugere que crime organizado financia imprensa

Irritado com a repercussão da anulação do júri que condenou os PMs envolvidos no massacre do Carandiru, o desembargador Ivan Ricardo Garisio Sartori culpou o inimigo favorito dos que têm dificuldade de lidar com o peso das próprias ações: a imprensa livre. Presidente da 4ª Câmara Criminal do TJ-SP, Sartori era o relator do recurso movido pela […]

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 21h39 - Publicado em 4 out 2016, 19h29
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    Irritado com a repercussão da anulação do júri que condenou os PMs envolvidos no massacre do Carandiru, o desembargador Ivan Ricardo Garisio Sartori culpou o inimigo favorito dos que têm dificuldade de lidar com o peso das próprias ações: a imprensa livre. Presidente da 4ª Câmara Criminal do TJ-SP, Sartori era o relator do recurso movido pela defesa dos 74 policiais militares que foram condenados pela morte de 111 presos. Em seu voto, afirmou que não “houve massacre, mas legítima defesa” e ainda pediu a absolvição dos réus, o que não foi acatado pelos outros dois desembargadores da turma. Nesta terça-feira, em seu perfil no Facebook, ele afirmou que a imprensa foi “tendenciosa” ao abordar o caso e insinuou que boa parte dos veículos de mídia são patrocinados pelo crime organizado. “Diante da cobertura tendenciosa da imprensa sobre o caso Carandiru, fico me perguntando se não há dinheiro do crime organizado financiando parte dela, assim como boa parte das autodenominadas organizações de direitos humanos”, disse.

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    Além de criticar a imprensa, o magistrado usou o Facebook nos últimos dias para divulgar a candidatura do seu filho à Câmara de Vereadores. Guilherme Sartori (PHS) recebeu apenas 2.546 votos e acabou não sendo eleito. O desembargador doou 7.966 reais para a campanha do filho.

    Confira abaixo a publicação do juiz:

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    Quando a Imprensa é Suspeita

    Diante da cobertura tendenciosa da imprensa sobre o caso Carandirú [sic], fico me perguntando se não há dinheiro do crime organizado financiando parte dela, assim como boa parte das autodenominadas organizações de direitos humanos. Note-se que o voto (decisão) foi mandado para os órgãos de imprensa e ninguém se dignou a comentá-lo em sua inteireza. Estão lá todas as explicações da anulação e tese da absolvição. O processo todo está retratado no voto. Preferem ouvir uma das partes (a procuradora de justiça oficiante), a qual, obviamente, dá a versão do Ministério Público, repita-se, parte no processo. A Justiça não pode fazer milagre quando lhe é apresentado um trabalho acusatório absolutamente falho. Que pode algum assassino ter agido ali no meio dos policiais, não se nega. Eu sempre ressalvei isso. Mas, qual é ou são eles? Esse o problema. O Ministério Público não individualizou. Preferiu denunciar de “baciada”, como disse um dos julgadores.

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